Até que o Município de Boa Esperança do Norte seja oficialmente instalado, Sorriso segue apoiando o Distrito
Depois de uma luta de mais de 20 anos, o distrito de Boa Esperança foi emancipado por meio de uma decisão do Supremo Tribunal Federal de sexta-feira (6). “A partir de agora, Sorriso passa a deixar de nutrir uma relação de mãe e filha com Boa Esperança, e passa a vivenciar uma relação de cidades irmãs, que seguem se apoiando mutuamente e crescendo em bloco, junto aos outros municípios da região”, afirmou o prefeito Ari Lafin.
O Município de Sorriso, inclusive, sabendo o quanto a independência ajudará os moradores do agora Município de Boa Esperança do Norte, contribuiu para que a emancipação ocorresse. Ainda em dezembro de 2021, o então procurador-geral do Município, Daniel Henrique de Melo, e o secretário de Fazenda, Sérgio Kocová Silva, assinaram um documento que foi enviado ao STF, e que, inclusive, teve trechos citados durante o julgamento do processo.
O documento compara a distância de 140 quilômetros entre Sorriso e o distrito de Boa Esperança; e a distância de 60 quilômetros entre Sorriso e o Município de Ipiranga do Norte. “Mesmo com esta longa distância, nunca medimos esforços para ofertar o possível para o bem-estar de todos os moradores de Boa Esperança, desde a infraestrutura, assistência à saúde, educação e ao bem-estar social”, complementou Ari, reiterando que Sorriso continuará dando todo o apoio necessário até que o agora Município de Boa Esperança do Norte conclua todos os trâmites do processo necessário para ser, efetivamente, instalado como o 142.º município a ser criado em Mato Grosso.
Com a decisão, Nova Ubiratã perde 360 mil hectares do atual território, o que corresponderá a 80% do novo município. Outros 20% serão compostos por uma área que atualmente pertence a Sorriso. A escolha de prefeito e vereadores se dará nas eleições do próximo ano
Em 2000, o Município de Boa Esperança do Norte chegou a ser criado pela Lei nº 7.264, de 29 de março daquele ano. No entanto, por conta da de um mandado de segurança formulado por Nova Ubiratã, o processo foi declarado como inconstitucional e o Município não chegou a ser instalado. “Agora, com a decisão da corte superior, esgotam-se as discussões e o Município poderá ser instalado”, completou Daniel Melo, assessor jurídico da Prefeitura.
Assessoria