Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, autor da chacina que matou 7 pessoas em Sinop, por causa de uma derrota em jogo de sinuca, levou uma surra em uma das celas da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, onde está preso. O fato aconteceu nessa sexta-feira (1º) e um policial penal – identidade não divulgada – foi afastado do cargo.
As informações são de que o servidor teria entrado no Raio 8, onde o criminoso estava, e por motivos “insignificantes”, conforme conta no boletim de ocorrência, algemou Edgar e outro preso. Em seguida, os colocou em celas separadas.
Lá, Edgar teria sido espancado pelo policial penal. O sistema interno de câmeras de segurança da PCE registrou a agressão.
Ao tomar conhecimento do acontecido, o diretor da unidade prisional, Arnold de Souza Pacheco acionou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência.
O crime
Edgar Ricardo de Oliveira, é um dos assassinos responsáveis pela chacina que marcou Sinop (478 km de Cuiabá), no dia 21 de fevereiro em Sinop.
Ele e o comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, mataram sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, dentro de um bar por não aceitar a derrota num jogo de sinuca, que teve aposta de R$ 4 mil.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. Ezequias foi morto em confronto com a polícia e Edgar se entregou dias após o crime.
As vítimas da chacina foram Maciel Bruno de Andrade Costa, Orisberto Pereira Sousa, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, Josue Ramos Tenorio, Adriano Balbinote e Larissa de Almeida Frazão, esta última uma adolescente de apenas 12 anos.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado e Segurança Pública (SESP) informou que o servidor já foi afastado de suas funções. Além disso, destacou que a pasta não compactua com a conduta do policial e que um procedimento administrativo foi instaurado.
Integra da Nota
A Secretaria de Segurança Pública informa que afastou o policial penal das funções e adotou todas as medidas cabíveis:
1) Na esfera administrativa, além do afastamento, foi determinada a instauração de procedimento de correição para apurar a conduta do agente;
2) Na esfera civil, no âmbito da Polícia Judiciária, a Sesp deu suporte ao reeducando para registro da denúncia que subsidia a abertura de inquérito para apuração criminal;
3) A Sesp reforça ainda que não coaduna com nenhum tipo de violência ou ato que configure abuso de autoridade.