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Quinta-Feira, 10 de Agosto de 2023 10:15

Candidato à presidência do Equador é morto a tiros após comício

Fernando Villavicencio Valencia, de 59 anos, um dos oito candidatos à Presidência do Equador pelo partido de esquerda Movimento Construye, foi morto com três tiros na cabeça por pistoleiros após realizar um comício em Quito.

Segundo familiares de Valencia, que era jornalista investigativo, ele estava entrando no carro no momento do crime e ficou estendido no chão, sendo imediatamente transferido para a Clínica de La Mujer, onde a morte foi confirmada. O ataque ocorreu por volta das 18h20

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que Valencia é baleado. Instantes depois, as pessoas que estavam no local são vistas agachadas e ajoelhadas no chão, na tentativa de se protegerem de balas perdidas.

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, condenou o ataque contra Valencia e prestou solidariedade à família do político. "Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e minhas condolências à esposa e às filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-lhes que este crime não ficará impune”, afirmou.

Lasso informou que o Gabinete de Segurança deve realizar uma reunião de emergência no Palácio de Carondelet, a sede do governo do Equador, para discutir o ocorrido e as consequências do crime organizado. O assassinato de Valencia acontece em um contexto de escalada da violência e ataques a líderes políticos em todo Equador. O governo atribui os ataques à luta de quadrilhas criminosas para tomar o poder do narcotráfico.

Por meio de nota, o Itamaraty transmitiu condolências e disse esperar que os responsáveis pelo assassinato sejam levados à justiça. "Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos", informou

Em julho, o prefeito da cidade costeira de Manta, Agustín Intriago, foi morto a tiros em um "ataque armado" enquanto visitava um canteiro de obras naquela que é uma das cidades mais importantes do país. Uma mulher que o acompanhava também morreu.

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