O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou, nesta sexta-feira (27), mais um recorte do Censo Demográfico voltado para o sexo e idade dos moradores. Os dados apontam que Mato Grosso tem o maior número de homens em relação às mulheres, junto com Roraima, em comparação aos demais estados do país.
Conforme o último Censo, o estado tem 3.658.813 habitantes. Desses, 1.840.382 são homens.
O Brasil é um país majoritariamente feminino. As mulheres são maioria em todas as regiões do país. Quatro estados fogem à regra nacional e têm um número maior de homens: Mato Grosso, Roraima, Tocantins e Acre.
O estado segue em contrapartida, também, da região Centro-Oeste, que, proporcionalmente, possui o maior número de mulheres – 50,8% da população. Já em Mato Grosso, 50,3% dos moradores são homens
Conforme a pesquisa, desde o último Censo, em 2010, o estado possui mais homens do que mulheres, no entanto, esse número agora apresenta redução, assim como em todas as grandes regiões do Brasil.
Nova Bandeirantes se destaca com a maior razão de sexo do estado, ou seja, aquele que tem proporcionalmente mais homens que mulheres. Em contrapartida, Cuiabá é o município com o menor valor para esse indicador, evidenciando a sobreposição da população feminina em relação à população masculina.
Com 650.877 habitantes, a capital mato-grossense se divide em 334.884 mulheres e 315.993 homens.
A média de idade dos mato-grossenses é 32 anos. O estado com os moradores mais novos é Roraima, com idade média de 26 anos. Já o estado com maior idade média é Rio Grande do Sul, 38 anos.
O Centro-Oeste segue o padrão do resto do país, com a maior parte da população na faixa etária de 40 a 44 anos e a menor entre 85 a 100 anos.
A maior parte da população de Mato Grosso se concentra entre os acima de 20 anos e abaixo de 100, cerca de 69,6%. Já 7,7% da menor parte da população está entre acima de 90 anos e abaixo de 100 anos, acima somente de cinco estados: Pará (7,3%), Acre (6,3%), Amazonas (5,9%), Amapá (5,5%) e Roraima(5,1%).
O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE; a anterior foi feita em 2010. O levantamento realiza uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira e permite traçar um perfil socioeconômico do país.
A atual edição do Censo deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada por conta da pandemia de Covid-19. Em 2021, houve um novo adiamento em razão da falta de recursos do governo.
Além de saber exatamente qual o tamanho da população, o Censo visa obter dados sobre as características dos moradores —idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, saneamento básico dos domicílios, entre outras informações.
🚨 Por que o Censo é importante? Porque ele identifica informações essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados. Entre as políticas públicas afetadas pelo Censo, é possível citar:
calibragem da democracia representativa, através da contagem populacional (definição do número de deputados federais e estaduais e de vereadores);
determinação dos públicos-alvo de políticas públicas federais, estaduais e municipais;
detalhamento da população em risco para campanhas de vacinação;
ajustes nas políticas para superação e recuperação pós-pandemia;
distribuição das transferências da União para estados e municípios, com impacto significativo nos orçamentos públicos (segundo o IBGE, em 2019, 65% do montante total transferido da União para estados e municípios consideraram dados de população);
transferências e recursos para a administração de programas sociais;
e identificação de áreas de investimento prioritário em saúde, educação, habitação, transportes, energia, programas de assistência a crianças, jovens e idosos.