Dupla que matou o empresário Carlos da Cruz Olmedo, 36, na frente da mãe e da mulher dele, durante um assalto em setembro de 2018, é condenada pelo latrocínio e roubo majorado. Diogo Raphael Pereira, autor dos disparos, teve a pena fixada em 27 anos de prisão. O comparsa, Mayke Moura de Lara, foi condenado a 12 anos de prisão. A sentença é da juíza da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro.
O crime aconteceu no dia 10 de setembro de 2018, por volta das 16h, na casa das vítimas, no bairro Jardim Kenedy, em Cuiabá. A dupla rendeu Carlos, a mãe e a mulher quando eles abriram o portão para deixar a residência. Os três foram levados para um dos quartos da casa e obrigados a deitarem numa cama. Diogo amarrou as mãos e pés de Carlos com cadarço de tênis, mas as duas mulheres não foram amarradas.
De acordo com os depoimentos, Carlos tinha uma arma em casa e a mulher dele se levantou para pegar, mas não alcançou. Carlos, então, saiu da cama e pegou a arma, momento que Diogo entrou no quarto e os dois entraram em luta corporal. A mãe da vítima diz que ouviu o primeiro disparo e tentou deixar o quarto, mas Mayke estava entrando e ela voltou. Foi quando viu o filho ser baleado na cabeça.
“Na hora que ele levantou e pegou a arma o Diogo entrou, e já entrou com arma na mão. [...] ele começou lutar com meu filho. Meu filho em cima da cama, e eles lutando os dois. Daí, meu filho pulou pro chão, foi a hora que escutei um tiro. Ainda tentei abaixar assim, pra sair correndo do quarto, [...], mas quando cheguei na porta, Mayke tava chegando na porta, e eu voltei, correndo, pra trás, pra dentro do quarto, de novo. Foi a hora que ele deu o tiro na cabeça do meu filho”, relatou a mulher em depoimento. “Eu estava no quarto. [...] só vi o meu filho escorrendo pela parede e ele saindo correndo do quarto, foram embora”.
De acordo com ela, a mulher de Carlos pegou a arma e foi atrás da dupla, mas Diogo conseguiu tomar a arma dela e os dois fugiram no carro da família.
Ele assumiu a autoria do crime. Disse que tinha acabado de comprar a arma por R$ 2,5 mil
O delegado Eduardo Rizzoto, que acompanhou as investigações, destacou que a identificação do acusado foi possível especialmente pela análise do aparelho celular deixado pelo réu no local dos fatos.
Os dois estão presos e a juíza Suzana Guimarães Ribeiro negou o direito de recorrem em liberdade.