A visita de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, no Polo Universitário de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17), foi interrompida após tiroteio na comunidade.
Tarcísio estava no terceiro andar do prédio, cumprindo agenda de campanha, quando o tiroteio começou do lado de fora. Ainda não se sabe a origem dos tiros nem contra quem foram disparados.
Tarcísio deixou o local cerca de 20 minutos depois, acompanhado de seguranças e escolta em uma van.
A agenda do Tarcísio foi colocada de última hora no domingo (16), às 21h15. Antes disso, a agenda enviada não previa Paraisópolis.
Tarcísio de Freitas deixa o local após troca de tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo
Nas redes sociais, ele alegou ter sido atacado e disse que um suspeito foi baleado. A polícia, entretanto, não confirma as informações.
"Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1° Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da @PMESP. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação", disse ele em postagem no Twitter.
Wallace Rodrigues, fundador de uma escola em Paraisópolis, estava na inauguração e acredita que o tiroteio tenha sido a cerca de 200 metros de onde estava o candidato. Imagens aéreas mostram uma marca de sangue no chão nesse ponto.
"Não foi próximo a escola, foi cerca de 200 metros. Nesse momento, estávamos todos no 3º andar para fazer o discurso de agradecimento. Não acompanhamos, tanto que não teve nenhuma marca de tiro nos 200 metros até a escola, não tem buraco, nada", disse, ao g1.
Questionado sobre o episódio durante um evento com jornalistas em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que ainda é prematuro dizer se houve um ataque à equipe de Tarcísio.
"Recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também. Tudo é preliminar ainda, eu não quero me antecipar. Se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo por haver na região. Então seria prematuro eu falar sobre isso" , disse Bolsonaro.
Ao g1, Osvaldo Nico Gonçalves, delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, disse que viaturas do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos) do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), foram enviados ao local para apurar o que ocorreu.
"Por enquanto ainda não temos informações oficiais do que ocorreu. A Polícia Civil está indo para lá saber o que houve", disse Nico.