Sábado, 22 de Fevereiro de 2025

Notícias

Domingo, 16 de Fevereiro de 2025 22:08

Ex-moradora de Sorriso muda planos para viver como au pair nos Estados Unidos

Foi no fim de 2022 que Giovanna Oliveira, de 22 anos, decidiu abandonar os planos convencionais, deixar de lado a ideia de fazer uma faculdade após o ensino médio e realizar o sonho de um intercâmbio.

Em 2023, ela se mudou para os Estados Unidos e começou a trabalhar como au pair. Desde então, nunca mais retornou ao Brasil. Realizar um intercâmbio sempre foi um sonho que ficou guardado com Giovanna, principalmente com a pandemia. Após a conclusão de seu ensino médio em Sorriso, a jovem já tinha tudo organizado para iniciar a faculdade, onde estudaria para se se tornar enfermeira. Era o plano “tradicional” da maior parte dos jovens, que seria seguido até que Giovanna conheceu o programa de au pair.

O au pair é um programa que envolve trabalhar em outro país, morando com uma família local. A jovem conheceu a modalidade por meio da sua antiga chefe, enquanto trabalhava em uma escola de idiomas e decidiu tentar a aplicação, que foi bem sucedida.“Eu realmente não conhecia esse programa.

Depois de conhecer eu adorei a ideia e fui pesquisar melhor. Foi tudo muito rápido. Eu fui atrás em setembro, em dezembro [de 2022] eu já tinha uma família e em fevereiro [de 2023] eu embarquei”, relembrou ela. Após dois anos, Giovanna já se mudou de família americana uma vez e hoje mora em Alpharetta, no estado da Georgia, um lugar a cerca de 40 minutos de Atlanta. Os anfitriões possuem 3 filhos, que a jovem cuida e leva até a escola e outras atividades, como ballet e ginástica.

Ao chegar no país, o maior choque cultural veio dos hábitos alimentares. Nos Estados Unidos, as pessoas não costumam almoçar como os brasileiros e consomem apenas lanches. Lá, o jantar é tido como a refeição principal.

O clima também foi algo que causou estranhamento na jovem, que odeia frio e teve que se adaptar a ele.

Depois da mudança, Giovanna não retornou ao Brasil, mesmo tendo ido sozinha e deixado seus pais e irmãs no país. Hoje, ela se arrepende de não ter retornado, mas o programa só permite visitas programadas.

“Quando eu estava no Brasil, não me achava tão apegada assim à minha família. Eu saía muito com os meus amigos e tinha a minha vida social e igreja. Porém, quando eu vim, na primeira semana só chorava de saudades da minha casa”, relatou.

Apesar de o intercâmbio ser uma experiência memorável, ser au pair não tem apenas pontos positivos, como muitas propagandas mostram. Por trabalhar e morar no mesmo lugar, existe certa dificuldade em separar as coisas.

“É muito difícil você conciliar, porque o seu trabalho também é a sua casa aqui, então você mora no seu trabalho. No Brasil, eles vendem o intercâmbio como você vir para viver a experiência americana em uma família americana e que você vai ser parte da família.

Na realidade não é bem assim, porque além de família, eles também são seus chefes”, ponderou.

Apesar de nunca ter sofrido xenofobia, Giovanna já recebeu presentes de uma desconhecida em um brechó após afirmar ser brasileira e teve que responder perguntas que demonstravam o esteriótipo que os estrangeiros têm sobre o Brasil. Inúmeras vezes, a jovem, precisou explicar que não sabia falar espanhol, pois a língua oficial brasileira é o português

Fonte: Folha Max

{{countcoment}} COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
{{car.nome}}
{{car.comentario}}
{{car.mais}}
{{car.menos}}