O Tribunal de Justiça negou no início da noite desta sexta-feira (7) o pedido de liberdade para o empresário Giovanni Zem Rodrigues, genro do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de liderar uma organização de criminosa relacionada ao jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
O pedido de habeas corpus, por meio de liminar, foi negado pelo desembargador Rui Ramos. Zem e o sogro estão presos desde o dia 29 passado quando foi desencadeada a Operação Mantus pela Polícia Civil. A prisão dele foi mantida no mesmo dia em que foi concluído o inquérito e encaminhado ao Ministério Público do Estadual (MPE) com o indiciamento dos dois acusados e de outros 31 suspeitos de integrar um esquema de lavagem de dinheiro, utilizando o jogo do bicho.
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"A prisão preventiva se faz necessária pois, em tese, a organização criminosa apresenta espectro Estadual e estruturada, sendo utilizada para servir ao longo do tempo, decorrendo em empresários de infrações penais, demonstrando, a princípio, uma criminalidade distante da ordinária", cita o desembargador.
Conforme a decisão, a prisão de Zem "se faz necessária para evitar a prática de novos crimes. Afirma ainda que o acusado é recorrente em infrações penais de organização criminosas, lavagem de dinheiro e exploração de jogo bicho e, portanto, "são conhecidos da Justiça criminal pela prática de diversos e variados outros crimes".
“... as organizações aqui desvendadas são estruturadas, com divisão de tarefas e hierarquia, conforme demonstrado nos diálogos interceptados, de modo que a prisão preventiva assegurará a devida colheita de provas, sem a interferência por parte dos implicados, viabilizando a colheita de novas provas, possibilitando a descoberta de novos crimes ainda não identificados e praticados pelas organizações criminosas, quiça com a participação de agentes públicos. ...”, reforça o magistrado.
Operação Mantus
A Operação Mantus foi deflagrada no dia 29 de maio passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia Fazendária para investigar a prática de contravenção do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
As empresas Ello FMC e Colibri são apontadas como administradoras dos jogos de azar Estado e 32 pessoas foram presas na ação policial.