O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta nesta quinta-feira (11) que o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski vai assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em 1º de fevereiro, no lugar de Flávio Dino — novo integrante da mais alta corte do país e que tomará posse em 22 de fevereiro.
Lula fez o convite em um almoço com Lewandowski na última segunda-feira (8), data que marcou um ano dos atos extremistas que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
“É um dia muito feliz. Quero dizer ao povo brasileiro que ele vai ganhar com essas duas escalações. Uma na Suprema Corte e a outra na Justiça. Quero dizer pra vocês que esse aviso é muito gratificante e coroa o meu primeiro ano de mandato. Eu estou muito feliz com o que aconteceu no primeiro ano de mandato”, afirmou Lula.
Ao fazer o convite, o presidente impôs algumas condições, como a manutenção de determinados secretários da pasta. A reportagem apurou que o ministro aposentado do STF tem o desejo de designar o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto para o cargo de secretário-executivo, o “número dois” do ministério.
O atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, afirmou aos interlocutores que só fica na pasta se continuar no atual cargo. Ele foi o braço-direito de Dino e ganhou prestígio por sua atuação como interventor federal na segurança pública do Distrito Federal depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro.
Lewandowski já era considerado o favorito para o posto, mas Lula chegou a avaliar outros nomes, como Wellington César Lima e Silva, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, e Marco Aurélio Carvalho, presidente do Grupo Prerrogativas. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, também teve o nome analisado pelo chefe do Executivo, mas fontes informaram que ela recusou a possibilidade para se dedicar ao comando do partido e às eleições de 2024.
Segundo pessoas próximas, Lula queria alguém de confiança para assumir o ministério. Para além da Justiça, o presidente havia expressado a intenção de fazer uma reforma ministerial no início de 2024. Entre os nomes que podem ser alterados estão Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Jean Paul Prates (Petrobras).