Estudiosos pesquisam sobre o impacto de um meteoro que aconteceu há 250 milhões de anos em Mato Grosso, criando uma cratera de 40 quilômetros de diâmetro, o que correspondente a uma área de, aproximadamente 1,3 mil km². No buraco que fica na menor cidade de Mato Grosso, Araguainha/MT (a 471 km de Cuiabá/MT) caberia, por exemplo, a região metropolitana de São Paulo/SP.
Estudos apontam que o impacto pode ter provocado a maior extinção de vida na Terra, superando, inclusive, a que dizimou os dinossauros. De acordo com o geólogo norte-americando Eric Tohver, um dos autores dos estudos e professor visitante da Universidade de São Paulo (USP), o impacto foi indireto.
“O impacto foi indireto, diferente daquele asteroide que matou os dinossauros. A colisão em Araguainha/MT provocou um sismo enorme, responsável pela liquefação dos sedimentos da Bacia do Paraná, lançando para a atmosfera uma grande quantidade de metano, um gás com poderoso efeito de estufa, 60 vezes maior que o dióxido de carbono”, disse em entrevista a BBC Brasil.
O impacto teria causado a morte de milhões de seres vivos. No entanto, o professor de Geologia da Universidade Estadual de Campinas/SP (Unicamp) e estudioso sobre a cratera de Araguainha/MT há mais de 40 anos, ressalta que as informações ainda não foram comprovadas.
O desaparecimento de vida decorrente do meteorito de Araguainha/MT, conforme pesquisadores, foi mais intenso que o fenômeno que levou à extinção dos dinossauros, que ocorreu há 65 milhões de anos, também causado por um corpo celeste. Neste, foram extintas de 60% a 65% das espécies de seres vivos da Terra.
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