Em 2023, foram registradas 12 amputações de pênis em Mato Grosso, devido ao câncer e outras questões como doença relacionada à infecção pelo HPV. O procedimento foi realizado em quatro municípios do Estado.
Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Ministério da Saúde.
Cuiabá registrou seis amputações e foi o município que mais realizou o procedimento. Destes, quatro foram devido ao câncer e outros dois motivados por outras questões. Em segundo lugar está o município de Rondonópolis, com quatro amputações, seguida de Sorriso (01) e Cáceres (01).
Das 12 amputações registradas em 2023, oito foram motivadas pelo câncer. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), vários dos tumores que levam à amputação do pênis podem ser prevenidos com a higienização correta do órgão, utilizando água e sabão.
Felizmente, o número de procedimentos diminuiu em relação a 2022, quando foram registradas 19 amputações no Estado. Cuiabá e Rondonópolis também lideraram a lista de municípios, com 9 e 7 registros, respectivamente. Neste ano, 13 das amputações foram consequência do câncer.
“O Brasil está na relação dos países com maior incidência de câncer de pênis. E uma das razões para isso é a falta de informação da população da sua existência, do diagnóstico tardio e de que a grande maioria dos casos pode ser evitada com água e sabão e vacinação", destaca Dr. Luiz Otavio Torres, presidente da SBU.
Sintomas e fatores de risco
O câncer de pênis é mais incidente em homens a partir dos 50 anos, mas também pode atingir os mais jovens. Geralmente a doença se manifesta por meio de sinais como: ferida que não cicatriza, secreção com forte odor, espessamento ou mudança de cor na pele da glande (cabeça do pênis), presença de nódulos na virilha.
Entre os fatores de risco estão: má higiene íntima, fimose (estreitamento da pele que recobre o pênis), infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano), tabagismo.