O inquérito sobre o acidente entre um Porsche 911 e um Volkswagen Fox, que ocorreu na última quarta-feira (17), só deve ser aberto caso a vítima, que está em coma, faça a representação criminal contra José Clóvis Pezzin de Almeida, que dirigia o carro de luxo, que bateu contra o veículo em que estava o frentista G.P.P.F., 20 anos. Ele está internado em estado gravíssimo no Hospital Municipal em Cuiabá.
Conforme o delegado Vinícius Nazário, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) de Cuiabá, o caso foi registrado como lesão corporal na direção de veículo automotor e precisa da denúncia da vítima para ser investigado. Como o jovem está intubado, é preciso esperar sua alta médica.
“Nesse momento a polícia está tentando descobrir se esse suposto racha era de verdade. Ainda não temos testemunhas de que realmente estava acontecendo, conseguimos agora as imagens e vamos investigar. Sobre o acidente, precisa da representação da vítima”, destaca o delegado.
Como não houve morte no acidente, a Deletran não esteve no local e não realizou a perícia. No entanto, imagens de câmera de segurança vão ajudar nas investigações. “As imagens mostram que ele estava em alta velocidade, mas temos que averiguar se havia outro veículo, se estavam disputando”, acrescenta.
O jovem motorista do Fox está intubado no HMC. Ele já passou por quatro cirurgias. Caso ele não sobreviva, o caso passar a ser investigado como homicídio na direção de veículo, mesmo sem a denúncia.
Já o condutor da Porsche, José Clóvis Pezzin de Almeida, estava com uma mulher no carro. Os dois ficaram inconscientes e chegaram a ser socorridos, mas não tiveram ferimentos graves. Ao chegar no HMC eles recusaram atendimento médico.
José Clóvis registrou um boletim de ocorrência para acionar o seguro do veículo. No registro, ele alegou que o Fox invadiu a pista, sem sinalizar, ocasionando a batida.
O caso é investigado.