O empresário Rafael Geon de Souza conseguiu na quarta-feira (20) ter liberdade provisória concedida pelo juiz João Bosco Soares da Silva por conta de ter um filho de cinco anos diagnosticado com autismo e a esposa grávida de oito meses, cuja gestação é de risco. No mesmo dia, o empresário havia sido preso na "Operação Piraim", deflagrada pela Polícia Civil para desmantelar um grupo criminoso que espancava e dava chicotadas em pessoas ao fazer cobranças de dívidas.
Para se manter em liberdade provisória, o empresário não deverá manter qualquer contato com a vítima e os demais cobradores e, ainda, não frequentar bares ou estabelecimentos semelhantes. Também não poderá se ausentar de Cuiabá sem prévia comunicação e autorização da Justiça sob pena de ter revogada a liberdade provisória.
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Em maio deste ano, seis bandidos gravaram um vídeo açoitando uma das vítimas na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, enquanto exigiam o pagamento de uma dívida para o agiota que os contratou. As imagens começaram a circular nas redes sociais em agosto, quando a Polícia Civil deu início às investigações.
O pai da vítima procurou a delegacia após o filho ter se encontrado com o grupo, que impediu que ele fosse embora. Segundo o pai, os investigados exigiam dinheiro para liberá-lo. Uma equipe da polícia foi até o local e a vítima, que estava com medo de retaliação, disse que o grupo não tinha batido nele, mesmo apresentando diversos hematomas.
As investigações descobriram que a vítima foi abordada pelo grupo na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, em Cuiabá.
Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação, feita pelo celular do filho, onde um investigado dizia que queriam receber o valor das dívidas. O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, mas os criminosos alegaram que seria insuficiente para quitar a dívida.