A taxa média de desemprego em 2019 em Mato Grosso foi de 8% e estado é o terceiro com melhor desempenho no país. O número pode ter influência do crescimento da informalidade e também do desempenho do agronegócio, já que a safra de soja está em curso.
No Brasil, a situação não anda tão boa, uma vez que em 16 estados a média foi de 11,9% no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em boletim divulgado na última sexta (14).
As maiores taxas ficaram no Amapá (17,4%) e na Bahia (17,2%), enquanto as menores foram registradas em Santa Catarina (6,1%) e nos estados de Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, todos os 4 com 8% na média anual. Além de Mato Grosso, São Paulo também aparece com boa performance, tendo alta no emprego formal.
O IBGE ainda não confirma os motivos da melhora, mas, segundo a economista Luceni Grassi, isso se deve ao bom desempenho do agronegócio. Atualmente, 80% da produção (soja, milho e carnes) de Mato Grosso é destinada ao mercado chinês. Porém, como os chineses estão passando por um momento de desaquecimento devido à crise do coronavírus, a economista avalia que no próximo trimestre os dados de desemprego e ocupação em Mato Grosso podem não ser tão bons, considerando o desaquecimento da economia de commodities puxada pelo mercado chinês.
Parte da base industrial da China está parada e a situação já teve impacto no Japão, uma vez que as fábricas dependem de peças fabricadas no vizinho asiático.
Outra preocupação se deve à informalidade. Apesar da queda no desemprego no ano passado, a taxa média anual de informalidade em 2019 ficou em 41,1% da população ocupada. Trata-se do maior nível desde 2016, quando também foi atingido recorde em 19 estados e no Distrito Federal. O indicador refere-se à soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.