A namorada da mãe de Davi Augusto Marques de Souza, de três anos, deixado morto em um Pronto Atendimento de Nova Marilândida (a 261 km de Cuiabá) confessou o crime hoje (27). Fabíola Pinheiro Bracelar, de 22 anos, disse que batia no menino com objetivo de corrigir comportamentos. Segundo assessoria da Polícia Judiciária Civil (PJC), em depoimento ao delegado Marcelo Maidame, ela se referiu a Davi como "arteiro e desobediente".
Em julho, o pai de Davi já havia registrado um boletim de ocorrência por maus-tratos. O menino foi morto ontem (26). A mãe dele, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e Fabíola são as principais suspeitas.
Na BO, Gustavo de Souza alegou que o filho estava com marcas de mordida e ferimentos pelo corpo. Quando questionou Luana sobre as marcas no corpo do menino, a mãe teria dito que o ele havia caído.
O entrou em contato com Gustavo, que, muito abalado, disse apenas que, após registrar o BO, o caso ficou parado na delegacia. O pai de Davi afirmou que já havia tentado pedir a guarda da criança, mas o processo também não foi adiante.
Durante interrogatório, a mãe da vítima afirmou que estava trabalhando no momento do espancamento e que, por conta disso, não teria visto as agressões. De acordo com a polícia, o fato de Fabíola ter deixado o menino no hospital e ido embora, fez com que as autoridades do município suspeitassem da situação.
Luana e Fabíola foram autuadas pelo crime de tortura qualificada pela consequência da morte, já que a criança morreu devido ao intenso sofrimento físico provocado pelas mulheres. Um laudo médico divulgado na tarde de hoje apontou que Davi morreu em decorrência do espancamento e esmagamento do abdômen, onde foram encontradas diversas hemorragias.
Enenda o caso
As mulheres foram presas na noite de ontem em Nova Marilândia, onde moravam com a criança. Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil disseram que ambas espancavam a vítima constantemente