Durante quatro dias, uma mulher de 29 anos foi mantida em cárcere privado e foi estuprada seguidamente pelo próprio pai. Sempre ameaçada com facas, a vítima não conseguia escapar da violência. O suspeito, identificado como José Marcos Rodrigues Coutinho, 60 anos, foi preso em flagrante por equipes da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), após receberem denúncia anônima sobre a violência sexual.
De acordo com as investigações, a mulher e sua mãe moram no Peru desde que ela tinha 10 anos. Na última sexta-feira (1º/4), ela desembarcou no Distrito Federal para regularizar alguns documentos, buscar um dos filhos que ainda mora no Brasil e aproveitar, também, para encontrar o pai, pois não o via desde a infância.
A mulher só conseguiu pedir ajuda e deixar de ser ser abusada nesta quarta, quando foi com o pai até um posto de atendimento do Na Hora, em Taguatinga, emitir o documento de identidade. No local, ela conseguiu avisar uma que estava sofrendo violência e ameaça. A polícia foi chamada e o suspeito acabou detido por volta das 12h.
Veja imagens das facas usadas pelo pai para ameaçar a filha durante os estupros:
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Fruto de estupro
Segundo as apurações, a mulher de 29 anos é fruto de um estupro cometido pelo pai contra a mãe dela, quando ele ainda cumpria pena por uma série de crimes. Quando a mãe da mulher foi estuprada, ela tinha apenas 13 anos e havia ido visitar o criminoso na cadeia.
Durante as diligências, os policiais notaram que toda a vizinhança tinha medo dele e o chamavam de psicopata. A PCDF também identificou outros crimes cometidos pelo agressor, como lesão corporal, cárcere privado e Maria da Penha. Todos contra ex-companheiras. Além disso, ele tem passagem por homicídio e latrocínio.
Machucada, abalada e sob o trauma de ter sido estuprada inúmeras vezes pelo próprio pai, a mulher de 29 anos que passou quatro dias em cárcere privado enquanto era violentada contou que José Marcos Rodrigues Coutinho, 60 anos, começou a cometer os abusos na noite de sexta-feira (1º/4), quando eles voltavam de um bar, no Gama.
Segundo a vítima, ela foi acordada pelo pai quando foi forçada a fazer sexo anal. Assustada, gritou perguntando ao pai o motivo dos abusos. Em resposta, ouviu que “o mundo estava evoluído e que estava na bíblia e que o sexo entre pai e filha era bíblico”.
A vitima revelou ter chorado muito e que a todo momento o agressor a consolava dizendo que isso era normal, enquanto a chamava de “minha filhinha”. Na segunda (4/4), a mulher chegou a lutar com o pai na tentativa de impedi-lo de realizar mais um estupro, tendo ficado machucada. Em uma das oportunidades, o criminoso a ameaçou com uma faca para realizar o ato sexual.