Ele apontou, ainda, que ela disse que teria sido acordada pelo companheiro que dizia que tinha cometido uma estupidez. Quando ela chegou à sala, ela disse que o corpo da menina já estava enrolado em um cobertor.
Ainda segundo o delegado, ela, então, teria acompanhado o homem até uma mata, na zona rural de Monte Santo de Minas, onde ele ateou fogo e escondeu o corpo da criança com galhos. Após o depoimento, o delegado decidiu pela prisão temporária da mulher pelo crime de participação em homicídio.
Depois de ser presa, a mulher foi levada ao Presídio de Guaranésia e pode responder por participação no homicídio.
Prisão do pai
A Polícia Civil prendeu na noite de terça o homem que admitiu ter matado e colocado fogo no corpo da própria filha após ela fez xixi no chão. Adrian Juliano Martins Herculano foi encontrado na casa da irmã dele, em São Sebastião do Paraíso.
Ainda na terça-feira, a polícia teria pedido a prisão preventiva do suspeito à Justiça, que concedeu. A partir de então, as equipes começaram a fazer buscas pelo homem. Ele poderá responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
O crime
Conforme a polícia, o homem se apresentou nesta terça-feira (17) espontaneamente perante a autoridade policial para admitir que no dia 12 de janeiro, após uma briga, saiu da casa da atual companheira e voltou para a casa dele acompanhado da filha. Nervoso com o atrito anterior, viu a criança urinar no chão por duas vezes, sendo que, na terceira, para “corrigi-la”, deu um soco na menina, que caiu no chão e bateu com a cabeça.
Para a polícia, o homem contou que tentou reanimar a vítima, mas viu que ela tinha morrido. Por isso, pegou as roupas dela, embrulhou o corpo e pediu carona para uma pessoa não identificada, que o levou até próximo o local onde deixou o corpo, em um local de mata, próximo a um riacho e ateou fogo.
O investigado indicou a localização exata aos policiais civis, e a equipe encontrou o corpo da criança, parcialmente queimado, em avançado estado de decomposição, abaixo de alguns galhos e folhas, utilizados pelo suspeito para escondê-lo.
O homem ainda disse para a polícia que, após os fatos, foi para São Paulo, mas considerando que “sua consciência não permitiu”, retornou para Monte Santo de Minas, ligou para sua advogada e se apresentou à polícia.
A primeira informação era de o que homem havia sido preso, mas ele foi liberado logo após o depoimento por não estar em estado de flagrância.
Na decisão que concedeu a prisão preventiva, o juiz Mateus Queiroz de Oliveira, de Monte Santo de Minas, diz que há indícios de que o homem tentou se esquivar da responsabilidade penal, ateando fogo no corpo da vítima e se apresentando cinco dias após o fato.
Pai tinha a guarda da criança
Segundo o delegado responsável pelo caso, desde o final de dezembro de 2022, a menina teve a guarda repassada para o pai, que mora no bairro Jardim Brasil.
O suspeito, de 21 anos, já tem passagens pela polícia desde os 13 anos e já cumpria pena por tráfico de drogas. A mãe da criança também tem passagens pela polícia e é usuária de drogas.
Os restos mortais da criança foram encaminhados para o IML de Passos.