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Quarta-Feira, 30 de Março de 2022 13:49

Peritos e servidores administrativos do INSS entram em greve em todo o País nesta quarta-feira, reivindicanto aumento salarial

Peritos e servidores administrativos do INSS entram em greve em todo o País nesta quarta-feira, reivindicanto aumento salarial INTERNET

Os cerca de 3.500 médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entram em greve em todo o país a partir desta quarta-feira (30). A categoria engrossa o movimento grevista de diversos servidores.

Na semana passada, funcionários administrativos do INSS já haviam iniciado a paralisação, na chamada “Operação Apagão”.

A reivindicação dos peritos, assim como dos trabalhadores administrativos, é de reajuste de 19,9% para repor as perdas inflacionárias, além de abertura de concurso público e melhora na carreira.

Segundo Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos), os profissionais decidiram fazer a paralisação porque não houve, até agora, sinalização do governo de que as pautas de reivindicação serão atendidas.

“O governo até agora não tomou uma atitude em relação à categoria, já insatisfeita há mais de um ano, desde que fomos forçados a voltar a trabalhar, em setembro de 2020, quando ainda não tinha nem vacina”, afirma o servidor.

De acordo com Alves, a orientação é para que todos os médicos parem, mas pode haver locais em que haja atendimento da perícia médica normalmente, cumprindo os agendamentos. “Pode ter segurado marcado que o médico não entrou em greve e pode ter quem não será atendimento”, diz.

O exame médico pericial é feito quando o trabalhador pede benefícios específicos ao INSS. Entre eles estão o auxílio por incapacidade temporária e a aposentadoria por incapacidade permanente.

Além disso, quem solicita o BPC (Benefício de Prestação Continuada) pode ter de passar por perícia e quem pede a aposentadoria especial também depende do trabalho de um médico perito, mas de forma interna.

Para ele, o ideal seria que os segurados já remarcassem a perícia, para não perder a ida até o local, embora não seja possível saber exatamente onde haverá paralisação. “Era para ter uma orientação; não sei se o governo está tomando uma atitude.”

Para Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), o ideal é que o segurado compareça à agência no dia e hora agendados, para não correr o risco de perder o benefício.

“Ele deve comparecer à perícia e fotografar, mostrando que a agência está fechada ou o perito não compareceu para, só depois, remarcar”, orienta.

Fonte: Otavio Ventureli(da redação Brasilia)

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