A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (04.09) a Operação Relutância, visando desarticular uma quadrilha especializada na importação e distribuição ilegal de cigarros eletrônicos e acessórios. Um dos focos da operação foi o município de Sorriso, onde mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Ao todo, 33 mandados estão sendo executados em várias cidades, incluindo Sorriso, além de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Campo Grande (MS), Redenção e Xinguara(PA) e Goiânia (GO). A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 6,4 milhões em ativos pertencentes ao grupo criminoso, além do sequestro de um imóvel e a expedição de um mandado de prisão preventiva.
As investigações da PF revelaram que a quadrilha se especializou no contrabando de cigarros eletrônicos, cuja comercialização é proibida no Brasil. Esses produtos eram importados ilegalmente do Paraguai e chegavam a Mato Grosso, passando por Rondonópolis, que servia como entreposto para a distribuição das mercadorias a outras cidades, incluindo Sorriso.
Em Sorriso, os produtos ilegais eram vendidos tanto em lojas físicas quanto em plataformas virtuais, com entrega rápida feita por motoboys ou veículos pequenos. A operação visou desarticular completamente a rede de distribuição do grupo, que se beneficiava financeiramente da venda ilícita desses produtos.
Além dos mandados de busca e apreensão, duas pessoas foram presas em flagrante em Rondonópolis, uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo. Os materiais apreendidos foram encaminhados à Receita Federal para os procedimentos fiscais.
A Operação Relutância recebeu esse nome devido à persistência do grupo criminoso em manter suas atividades ilegais, apesar das diversas ações de repressão já realizadas contra eles. Mesmo mudando suas táticas, os integrantes da quadrilha continuaram a lucrar significativamente com o contrabando, ampliando sua atuação em cidades como Sorriso e outras regiões do Centro-Oeste e Norte do país.
Os envolvidos responderão por crimes como contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa. As autoridades seguem investigando para identificar outros membros do grupo e desmantelar completamente a rede criminosa.