rto de Paranaguá (PR) está embarcando a primeira carga de farelo produzido pelo processamento do milho para o etanol. Conhecido no mercado como DDGS, subproduto do milho, a operação é um teste para que o produto passe a entrar na rotina das exportações paranaenses a granel. Neste primeiro lote, 27,5 mil toneladas serão levadas ao Reino Unido, Inglaterra, pelo navio Interlink Acuity. O produto foi produzido em Sinop, pela Inpasa Agroindustrial. Foram 700 caminhões que descarregaram o DDGS nos armazéns da empresa. O produto ficou segregado no armazém, como exigido pelo comprador.
O navio que recebe a carga (que em inglês usa a sigla para Grãos Secos de Destilaria com Solúveis/ Dried Distillers Grains With Solubles) chegou há uma semana e o carregamento iniciou no sábado (21).
O gerente comercial, Jeferson Santi, além da primeira exportação de DDGS da empresa, pelo país, esta seria a pioneira no Brasil. “Estamos chamando a atenção porque vai ser a primeira exportação do país. Mais um produto do agronegócio brasileiro”, afirma.
A Inpasa, que iniciou suas atividades há cerca de 5 meses, chega a processar 3,6 mil toneladas de milho por dia, produzindo 1,5 milhão de litros de etanol e mil toneladas de DDGS diariamente.
Atualmente esse mercado é dominado pelos Estados Unidos que chegam a exportar cerca de 40 milhões de toneladas de DDGS ao ano. “Eles já apresentaram esse produto. O mundo já conhece esse mercado. O Brasil que ainda está descobrindo”, explica a indústria.
Além da unidade de Sinop, a empresa deve abrir uma segunda unidade em Nova Mutum, que deve ser inaugurada no segundo semestre de 2020, agregando a produção de mais 750 toneladas de DDGS, por dia.
O DDGS, é um coproduto do processamento do milho para a fabricação de etanol, é o que sobra do grão. Esta primeira carga é do Mato Grosso, mas esse passo da indústria daquele Estado anima a única usina que produz etanol a partir do grão no Paraná.
Estudos indicam que uma tonelada de milho é capaz de produzir 420 litros de etanol e 300 quilos de DDGS que tem mais de 30% de proteína, excelente para alimentação animal. Para a produção do etanol, o milho precisa ser moído, transformando-se numa espécie de farinha que passa por um processo como um cozimento até virar o etanol. O que sobra é um produto como um fubá um pouco mais grosso. Esse passa por um novo processo, de secagem, e se chega ao DDGS. A informação é da assessoria do Porto de Paranaguá