A produção industrial mato-grossense teve crescimento de 2,7%, registrado em novembro, puxado pelos setores de produtos químicos e biocombustíveis. É o quinto mês consecutivo de saldo positivo. Apesar do cenário de recessão da produção industrial nacional, Mato Grosso está entre os três Estados com aumento na produção industrial no país, aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números revelam ainda que a produção industrial recuou 1,7% no Brasil.
De acordo com informações do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), na série com ajuste sazonal, foi registrado queda em 11 dos 15 estados pesquisados. Apenas Rio de Janeiro (3,7%), Ceará (3,4%) e Mato Grosso (2,7%) apresentaram crescimento positivo em relação ao mês de outubro. Apesar do crescimento, o desempenho da produção de Mato Grosso, no acumulado do ano, registrou queda de 2,9%.
A indústria química mato-grossense foi o principal setor que registrou aumento de produção no mês de novembro do ano passado. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o crescimento foi de 18,9%. O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, avalia que os resultados dos últimos meses colocam o crescimento estadual acima da média nacional.
“A nossa indústria química dá suporte para o agronegócio, principalmente fornecendo insumos, como agroquímicos e fertilizantes. Isso é parte de um otimismo que há no agronegócio para produção agrícola no estado. Também tivemos aumento na produção de DDG, que é a ração animal com alto teor proteico, que fomenta também a produção de carnes”, completa.
Outro setor que colocou Mato Grosso entre os três estados com aumento da produção industrial no país foi o de biocombustível. A variação acumulada ficou em 7,3%. “Cresceu a demanda nacional por etanol e também tivemos o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. As indústrias mato-grossenses ganharam leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e estão fornecendo o produto para a ANP”, finaliza o presidente da Fiemt.
A informação é da assessoria da Fiemt