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Terça-Feira, 04 de Junho de 2024 14:11

Sinop: Briga por venda de ventilador para comprar drogas teria motivado morte de jovem que teve corpo arrastado pela rua

Uma discussão banal sobre a venda de um ventilador para comprar drogas motivou o feminicídio brutal de Bruna de Oliveira, 23 anos, na madrugada do último domingo (02) em Sinop. O acusado, 32 anos, confessou o assassinato, após a vítima se recusar a vender o aparelho. O crime chocou pela brutalidade do caso, que teve o corpo da vítima arrastado a correntes preso a uma motocicleta.

Wellington Honorato dos Santos foi preso nessa segunda-feira (03.06) em Nova Maringá e transferido para Sinop, onde foi interrogado na madrugada desta terça-feira (04.06). 

Segundo o depoimento à delegada Renata Evangelista, da Delegacia da Mulher, ele e Bruna consumiam drogas na casa do acusado na noite de sábado (01.06) para domingo (02.06), quando ele pediu que ela vendesse um ventilador para comprar mais drogas. A jovem recusou, o que gerou uma discussão.

imagem mostra o corpo da vítima sendo arrastado por uma rua de Sinop (reprodução)

O homem relatou que segurou o pescoço da vítima e a bateu contra o chão até que ela morresse. Em seguida, amarrou uma corrente ao pescoço dela preso a um cadeado e arrastou de moto até a reserva florestal, onde desovou o corpo. A perícia técnica encontrou sinais de esgorjamento, mas o acusado nega que cortou o pescoço de Bruna. Exames periciais devem determinar a causa exata da morte.

Bruna de Oliveira, vítima do crime (reprodução Facebook)

Bruna de Oliveira foi sepultada nesta segunda-feira (04.06) em Sinop. Ela era usuária de drogas e usava tornozeleira eletrônica pelo crime de tráfico de drogas . A vítima deixa três filhos.

O suspeito disse a imprensa que não tinha nenhum vínculo amoroso com a vítima e que apenas a conhecida da rua. Até o fechamento dessa reportagem ele estava preso na carceragem da Delegacia da Mulher em Sinop.

Ainda em seu depoimento, Weelington disse que não chamou Bruna para ir até a casa dele e que os dois usaram drogas antes do crime. Porém, não explicou o motivo de ter matado a vítima de forma cruel. “Não adianta mais nada”, disse.  

Conforme noticiado anteriormente, cerca de 4 horas depois, as câmeras registraram o momento em que um caminhão para na porta da casa e faz uma pequena mudança. Ele se preparava para fugir.

O perito criminal André Fúrio disse que: “Welington lavou o sangue que ficou marcado na calçada e no corredor da quitinete, então tinha as bordas avermelhadas, provavelmente é sangue, nós iremos analisar. A quitinete estava vazia, o suspeito levou toda sua mudança”. disse.

Wellington Honorato dos Santos passará por audiência de custódia nesta tarde e deverá ser transferido ainda hoje para o Presídio Ferrugem.

A PRISÃO

O homem identificado como Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, suspeito de matar e arrastar o corpo de Bruna de Oliveira, de 24 anos, com correntes em uma moto, foi preso na tarde desta segunda-feira (03/06), em Nova Maringá. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Bráulio Junqueira.

Segundo ele, uma equipe da Delegacia da Mulher irá até o município para levá-lo até Sinop, onde o crime ocorreu.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito arrasta o corpo da vítima.

Nas imagens, é possível ver o homem em uma moto com Bruna acorrentada pelo pescoço saindo de uma garagem.

Familiares da vítima relataram à polícia que Bruna havia saído com o homem e não foi mais vista. Eles chegaram a entrar em contato com o homem, que disse que deixou Bruna em casa por volta de 22h.

Entenda o caso

Bruna de Oliveira, de 24 anos, foi morta e arrastada por corrente em moto — Foto: Divulgação

Bruna de Oliveira, de 24 anos, foi morta e arrastada por corrente em moto — Foto: Divulgação

Bruna de Oliveira foi morta em uma quitinete e teve o corpo arrastado por correntes em uma moto, no Bairro Primaveras, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. A vítima foi arrastada por cerca de três quadras até uma região de mata, onde foi jogada em uma vala.

Na vala, a polícia encontrou Bruna com uma corrente enrolada no pescoço, presa com um cadeado e com marca de degola.

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