Cerca de 180 cães e gatos esperam por adoção no abrigo para animais em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. O local está funcionando com a capacidade máxima e busca sensibilizar famílias que estão em busca de um novo pet. A prefeitura montou uma estrutura na praça da cidade para incentivar a adoção.
Segundo a veterinária Keila D'Agostin, o abrigo está passando por uma situação complicada, já que novos animais são levados para o local com frequência, mas a busca por adoção é baixa.
"Hoje estamos com cerca de 180 animais, consideramos o abrigo como lotado. Não conseguimos introduzir novos animais em alguns dos canis por não aceitação entre eles", disse.
Os filhotes são os mais prováveis de serem adotados, mas até eles estão tendo dificuldade para sair do abrigo por falta de interessados.
Segundo a veterinária, os animais tem comportamentos semelhantes aos seres humanos.
"Eles têm todas as fases de vídeo como o ser humano, a primeira fase é aquela da criança arteira, os caezinhos destroem as coisas em casa, comem chinelo e fazem buraco no quintal e virar vasos de plantas. Tem que ter paciência e saber educar o animal. Vai ter aquela fase que ele vai querer ser o guardião da casa, vai querer ser o responsável e cuidar da família. Depois ele vai ficar idoso e vai precisar de cuidados como alguém com idade mais avançada", disse.
Os efeitos da pandemia da Covid-19 também afetaram as adoções dos animais. No mundo inteiro foi registrado um aumento de animais abandonados e uma queda no número de adoções, o resultado é a superlotação dos canis.
No canil, os bichos ficam separados por baias. A divisão acontece por comportamento, idade e até o temperamento dos cães.
Vira-lata caramelo disponível no Abrigo Municipal de Sorriso (MT) — Foto: Prefeitura de Sorriso
Como estratégia para aumentar as adoções, a Prefeitura de Sorriso, montou um espaço em uma praça da cidade para uma ferinha de adoção. Os animais disponibilizados são vacinados e vermifugados. No entanto, nem assim está sendo fácil.
"Eles passam, olham, gostam, mas acabam não levando. Os animais querem um lar, mas as pessoas precisam ter responsabilidade", disse.