A Polícia Civil de Sorriso, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoas concluiu o inquérito policial que investigava a morte de Everton Passos, conhecido pelos amigos como “XUXA”.
As inúmeras diligencias, coletas de depoimentos de testemunhas, algumas das quais sensoriais do fato e a quebra de sigilo de dados telefônicos fez com que a autoridade policial não tivesse dúvida quanto aos indícios de autoria que apontam dois envolvidos como autores do brutal crime.
Por ocasião da remessa do inquérito ao Ministério Público, o delegado de polícia, Dr. Eugenio Rudy Junior concluiu:
“Restou evidenciada a participação dos investigados na prática delitiva descrita na peça que se avista no frontispício deste caderno inquisitivo. Destarte, com espeque no art. 2º, §6º da Lei nº 12.830/2013 e sem descurar da prova manifesta da materialidade, bem assim dos indícios suficientes de autoria que circundam os fatos, procede-se ao INDICIAMENTO dos investigados, em concurso material (art. 69, do Código Penal), pela prática dos delitos de HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO MOTIVO FÚTIL E PELO MEIO CRUEL E OCULTAÇÃO DE CADÁVER, catalogados no art. 121, §2°, inciso II e III e art. 211, ambos do Código Penal Brasileiro”.
RELEMBRE O CASO
Richard Bortolo e Matheus Augusto Drago Schnoor presos por envolvimento na morte de Everton Passos de Andrade, 39 anos, e que foram trazidos de Comodoro onde estavam presos após se entregarem para Sorriso, e contaram informalmente o que teria acontecido para que eles matassem o amigo “Xuxa”, foram transferidos para o CRS ) Centro de Ressocialização de Sorriso, após serem ouvidos e passarem pro exem de corpo de delito e devem ficar presos até o possível júri popular onde deve decretar a pena dos dois.
Richard e Matheus chegaram por volta das 15:00h deste quarta-feira (14/09). A vítima foi espancada, atropelada e brutalmente assassinada. O corpo foi localizado cinco dias após o crime, às margens do rio Lira, no Anel Viário de Sorriso. Everton e os assassinos estavam desaparecidos desde a última terça-feira (06).
Xuxa, como Everton era conhecido, e os assassinos, Richard Bortolo e Matheus Augusto Drago Schnoor, eram 'amigos' e estavam juntos em uma confraternização. Ao saírem da festa, os três teriam se desentendido e começado uma discussão, que logo tornou-se acalorada. Os homens, então, atropelaram a vítima. Em seguida, Everton foi espancado com vários chutes até ficar desacordado. Depois, foi degolado. Os homens ainda jogaram o corpo da vítima em um rio, fugindo em seguida.
Quando não retornaram para casa, as famílias dos três homens procuraram a polícia e iniciaram as buscas, que cessaram no sábado (10), quando o corpo de Everton foi encontrado por populares às margens de um rio.
De acordo com a Polícia Civil, Everton era natural de Andradina (SP) e estava desaparecido desde a última terça-feira (06), após sair de uma confraternização em um rancho em Sorriso. O corpo da vítima foi localizado no sábado (10), boiando às margens do rio Lira, no Anel Viário de Sorriso.
Em entrevista ao Programa do POP, da Tv Cidade Verde, o delegado Eugênio Rudy Junior, responsável pelo caso, revelou detalhes sobre a brutalidade do crime. “Nós sabemos que houve uma discussão muito acalorada e por isso, entendemos que o motivo foi fútil, por conta de uma discussão não se pode tirar a vida de ninguém, mas não sabemos o que deu início a essa discussão e o que iniciou a execução. Sabemos que discutiram e brigaram no local. Depois disso, os dois deixaram o local e a vítima ficou. Quando os dois voltaram em uma S-10, já foram atropelando a vítima e em seguida agrediram até ele desmaiar. Colocaram o corpo na caçamba de uma caminhonete e levaram para outro local. Lá cortaram o pescoço, em esgorjamento, que é o ato de quase separar completamente a cabeça do corpo, não necessariamente uma degola, e depois jogaram o corpo no rio".
Ainda segundo o delegado, os rapazes haviam foragido para o estado de Rondônia, após o ocorrido. Com informações de testemunhas, que presenciaram o crime e narraram o ocorrido com detalhes à polícia, foram levantadas informações suficientes que confirmaram o envolvimento. O delegado, então, pediu mandados de prisão temporária, que foram deferidos pela Justiça e difundidos para o estado de Rondônia e para a Polícia Civil da fronteira.
Ao tomar conhecimento de que o corpo de Everton havia sido encontrado, os criminosos se entregaram na delegacia de Comodoro (644 km da capital), quando os mandados de prisão foram cumpridos.
As investigações seguem em andamento para total esclarecimento do crime.