Reginaldo Batista Cardoso, o pai da família que foi brutalmente assassinada no município de Sorriso, esteve nesta terça-feira (12) no Senado Federal, em Brasília. Ele participou da sessão em que foi aprovada, pela Comissão de Educação, o projeto de lei (PL 5708/2019) que torna 31 de janeiro como o Dia Nacional para Conscientização e Combate ao Estupro.
A PL tem o objetivo de ampliar a conscientização e o enfrentamento desse tipo de violência. E já passou pela Câmara dos Deputados seguindo agora para votação no Plenário do Senado.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), é a relatora do projeto e conduziu a discussão sobre a questão na Casa, apresentando Reginaldo aos senadores presentes.
A história de Reginaldo
Reginaldo Batista Cardoso é caminhoneiro e estava viajando quando recebeu a notícia de que a esposa Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, e as filhas Miliane Calvi Cardoso, 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, estavam mortas.
Elas foram violentadas sexualmente e brutalmente assassinadas por Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos.
Mãe e três filhas mortas
Gilberto trabalhava como pedreiro em uma obra ao lado da casa das vítimas e, no dia 25 de novembro de 2023, invadiu o local para cometer os crimes.
Cleci, Miliane, Manuela e Melissa foram encontradas no dia 27 de novembro, após familiares chamarem a polícia, já que não viam a família há alguns dias. As três possuíam facadas pelo corpo e sinais de abuso sexual. A criança menor, de 10 anos, morreu asfixiada, de acordo com a Polícia Civil.
Melissa e Manuela estavam no quarto, enquanto a mãe e a filha mais velha estavam no corredor da casa, localizada no bairro Florais da Mata, segundo informações policiais.
Marca de chinelo levou ao suspeito
Preso em flagrante minutos após os corpos terem sido encontrados, Gilberto estava na obra ao lado da casa e confessou ter esfaqueado as vítimas e, enquanto ainda estavam agonizando, cometido o abuso sexual contra elas.
O suspeito de ter assassinado as quatro vítimas foi preso em flagrante, minutos após os corpos serem encontrados, conforme o delegado Bruno França, da Polícia Civil.
O homem explicou, ainda, que deixou a faca usada nos crimes dentro da residência, de acordo com o delegado.
“Ele morava na obra, ou seja, era uma pessoa que conhecia. Solicitamos os calçados e o chinelo dele se encaixava perfeitamente em uma mancha que havia no local do crime”, disse Bruno França.
Conforme o delegado, o acusado tinha uma grande quantidade de cabelo arrancado, que teriam sido arrancados durante luta corporal enquanto as vítimas tentavam se defender.
Prazer em matar
Gilberto foi classificado pelo delegado Bruno França como “psicopata e serial killer”. Após ter matado as vítimas em Sorriso, o criminoso entregou as roupas que usou no dia do crime e as roupas íntimas de uma das vítimas – que havia levado como souvenier, ou lembrança do crime.
O delegado afirmou, ainda, que Gilberto agiu com desprezo às mulheres, pelo modo com que se referiu ao caso durante a confissão e nos depoimentos. Segundo ele, o acusado vigiava as vítimas há algum tempo, antes decidir matá-las.
Durante a confissão, o criminoso ainda explicou que ficou na casa por bastante tempo após ter assassinado a mãe e as filhas.