O empresário Jean Carlo Haeffner, de 35 anos, dono da franquia da Subway em Sorriso, onde um cliente afirmou ter encontrado um anzol e linha de pesca dentro de um sanduíche na última terça-feira (30), disse ainda não entender como isso pode ter acontecido.
“Eu não tenho nada, nenhum instrumento, qualquer coisa que precise de linha e anzol. Não consigo entender como isso foi acontecer, como isso entrou dentro da minha loja. Porque eu não vendo peixe”, disse o empresário em conversa com o MidiaNews.
A família de Jean Carlo trabalha no ramo alimentício há 15 anos, e há 9 ele é dono da franquia da Subway em Sorriso. Ele possui outras cinco lojas da marca distribuídas em Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso.
Jean Carlo diz que questionou toda a equipe, procurou seu fornecedor de vegetais e abriu um chamado para averiguar a situação com a matriz da Subway, mas nada, para ele, explica o aparecimento do anzol.
“O sanduíche é montado na frente do cliente. Todos os nossos produtos são homologados pela Subway, compro de um distribuidor que vem direto da fábrica, não compro nada no mercado. A única coisa que a gente compra localmente são os vegetais”, disse o empresário.
“Vem tudo pronto. O frango defumado já vem pronto, eu misturo com o cream cheese, só misturo e porciono”, completou.
O sanduíche em que supostamente o cliente encontrou o anzol era da promoção do dia, frango defumado, em que, na compra de um lanche, o cliente leva outro de mesmo tamanho.
O anzol
O jovem Iury Lopes Falkouski, de 20 anos, denunciou ter encontrado o anzol e linhas de pesca dentro do seu sanduíche na madrugada de terça-feira (30). Ele estava acompanhado de outros dois amigos.
No mesmo dia, o rapaz registrou um boletim de ocorrência denunciando o caso e disse estar “traumatizado”.
“Infelizmente, compramos um lanche nesse estabelecimento em Sorriso e nos deparamos com um anzol e linhas de pesca no lanche”, disse o rapaz no boletim de ocorrência.
No relato, o jovem diz ter reclamado e recebido o dinheiro de volta, mas alegou que foi um “grande susto e, infelizmente, ficamos traumatizados com o ocorrido”, afirmou ele no B.O.
Segundo Jean Carlo, os três rapazes chegaram ao estabelecimento por volta de 0h40. Eles pediram e pegaram seus respectivos pedidos. Dois deles teriam comido seus lanches e Iury voltou ao caixa para dizer que encontrou o anzol.
“As imagens mostram a parte de trás, pegam eles de costas, estavam sentados num canto, não consigo ver eles comendo. Não tenho uma câmera em cima deles. Dois comem tudo e, no final, o outro tira a foto e depois vai lá no caixa”, disse.
Segundo o empresário, o dinheiro do pedido dos três amigos foi devolvido, no valor de R$ 67,50 em espécie.
Processos
O empresário afirmou que todos os processos que envolvem a entrega e montagem dos sanduíches são claros.
“Não estou alegando que foi o cliente que colocou [o anzol], de maneira alguma. A questão é que, no meu processo, eu não tenho porque ter um anzol dentro de uma loja. E mesmo supondo que tivesse vindo da fábrica, que tem detector de metais, seria perceptível na hora de montar o sanduíche”, disse o empresário.
Jean Carlo explica que a alface vem inteira e é passada por um triturador. “Se tivesse um anzol, seria pego dentro do fatiador”, disse.
O pão vem congelado e em tamanho pequeno e só depois é assado em cada uma das lojas, segundo o empresário. Depois de montado, o lanche ainda passa pelo forno e só então a salada é colocada pelos funcionários com as próprias mãos.
“A franquia passa por inspeção quase mensal, eu não posso ter nada de item não homologado, a última nota de avaliação dessa loja, da auditoria externa, foi praticamente 10. Está tudo certo com a vigilância sanitária”, afirmou.
O caso será investigado pela Polícia Civil.
MIDIANEWS