Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
O Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur) em parceria com a Prefeitura de Sorriso (420 Km ao norte de Cuiabá), ofereceu duas palestras com o tema “Processos Circulares como ferramenta pedagógica” para mais de 400 pessoas no auditório Farroupilha, entre segunda e terça-feira (19 e 20).
O público foi composto majoritariamente por educadores das redes municipal, estadual e privada de ensino, servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social, bem como representantes das prefeituras de Ipiranga do Norte e de Nova Ubiratã, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), da Defensoria Pública Estadual, do Ministério Público Estadual, das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, da Câmara Municipal, entre outras instituições e entidades.
As palestras foram proferidas pela pedagoga e assessora especial da Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Katiane Boschetti da Silveira. “Essas pessoas foram sensibilizadas com a Justiça Restaurativa, a potência e os benefícios dos círculos de construção de paz. Agora, nós partimos para o momento de capacitação de facilitadores de círculos de paz para fomentar a política pública de pacificação social. O município de Sorriso já tem um termo de cooperação firmado com Poder Judiciário para isso tudo acontecer. Então, essas palestras foram o start para a capacitação”, explica.
A expectativa é que 150 pessoas iniciem em julho a formação de facilitadores de Círculos de Construção de Paz, que é feita por meio de um curso inicial de 20 horas e outro mais aprofundado, com 100 horas de capacitação, que será ofertada pelo NugJur em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Sorriso.
Essas ações vão ao encontro da Lei nº 3.366, sancionada no final de abril deste ano, que institui o Programa Municipal de Práticas de Construção de Paz nas Escolas de Sorriso. A implantação das práticas restaurativas em todas as escolas municipais de Sorriso tem potencial de atingir mais de 17,5 mil estudantes. Considerando a rede estadual e privada, o trabalho preventivo pode alcançar quase 30 mil alunos.
Além das palestras, a representante do Tribunal de Justiça participou de reuniões com o comitê gestor da Justiça Restaurativa em Sorriso e com a secretária de Assistência Social de Sorriso, Jucélia Gonçalves Ferro; e concedeu entrevistas à imprensa local, todas as agendas como objetivo maior de difundir a Justiça Restaurativa e promover a pacificação social.
O prefeito de Sorriso, Ari Lafin, participou da palestra inaugural, reiterando que “sempre prezou por ambientes saudáveis e pacíficos, com diálogo e comunicação efetiva e espera que essa prática seja introduzida, não apenas em espaços escolares, mas sim em todos os ambientes públicos e privados para transformação da sociedade”.
Círculo de Construção de Paz – A assessora especial da Presidência do TJMT, Katiane Boschetti da Silveira, explica que trata-se de uma metodologia baseada em ensinamentos ancestrais, ou seja, conversas baseadas no diálogo e no respeito, colocando em prática a justiça restaurativa. “É um convite para olharmos para os conflitos de uma forma diferente. Olhar os conflitos como oportunidade de transformação, entendendo que a Justiça é um conjunto de princípios e valores e não necessariamente uma instituição é responsável por ela. E os círculos de construção de paz como prática da justiça restaurativa no ambiente escolar proporcionam que a gente possa se conhecer mais, oportunizar espaços de escuta, de pertencimento para essas crianças e adolescentes, visando a prevenção da violência”, explica.
Para o juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Sorriso, Anderson Candiotto, apesar de o termo de cooperação entre o Poder Judiciário e a Prefeitura de Sorriso ter como foco os círculos de construção de paz nas escolas, essa ferramenta de pacificação social serve para qualquer público. “Onde há pessoas, é importante dar qualidade ao diálogo porque isso significa um ambiente melhor de convivência. Nada melhor do que o diálogo para que você, compreendendo melhor o seu contexto e o contexto do próximo, promover soluções pacíficas de qualquer sorte de adversidade. Quando você compreende o que a outra pessoa está passando, a tendência é que você consiga criar uma maior empatia com a pessoa”, comenta.
Comissão de Segurança Escolar – Outra importante contribuição do Judiciário mato-grossense ao município de Sorriso é a participação do juiz Anderson Candiotto como membro da Comissão de Criação do Plano Municipal de Segurança Escolar, cujo objetivo é evitar situações de violência nas unidades de ensino e promover a cultura de paz.
A comissão foi criada no mês de abril, por meio do decreto n.º 865, assinado pelo prefeito Ari Lafin, e conta com a participação de representantes da Prefeitura, da Delegacia Regional de Educação (DRE), da Câmara de Vereadores, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, do Ministério Público, do Judiciário, de professores, entre outros.
#Paratodosverem
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Primeira imagem: foto horizontal colorida da palestrante Katiane. Ela está em frente a um palco de madeira com cortinas azuis falando ao microfone. Ela é uma mulher branca de cabelos loiros, veste macacão florido azul e terno branco.
Segunda imagem: foto horizontal colorida do público do evento participando de uma dinâmica. As pessoas estão em pé, com os braços levantados para cima, algumas de olhos fechados e outras sorrindo.
Terceira imagem: foto horizontal colorida do juiz Anderson proferindo palestra no evento. Ele está em pé diante de um palco, uma tela com o slogan da gestão “Semear a Paz e Fortalecer a Justiça” e fala diante de um microfone. Ele é um homem branco, veste camisa polo preta com borda rosa, usa óculos, calça jeans e óculos, além de um óculos de sol pendurado na gola.
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT