O juiz da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Rafael Depra Panichella, recebeu a denúncia contra o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, que confessou ter estuprado e matado mãe e 3 filhas no município.
O crime que chocou o Estado aconteceu no dia 24 de novembro. Gilberto foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP) por quatro homicídios qualificados e três estupros, na sexta-feira (15.12) e a Justiça acolheu no mesmo dia.
Além da qualificadora de feminicídio, já que os crimes foram praticados com menosprezo e discriminação à condição de mulher, o Ministério Público entendeu que os quatro homicídios também foram cometidos de forma cruel, com a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas, para assegurar a execução e garantir a impunidade de outro crime; e dois crimes contra menores de 14 anos de idade.
O Ministério Público também imputou uma causa de aumento de pena, pois os crimes foram praticados na presença física de ascendente e descendente das vítimas.
crime
As vítimas foram mortas na sexta-feira (24/11), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27/11), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.
Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular "curioso" sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento.
Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.
Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.
Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.
Em confissão à polícia, ele deu detalhes do crime. Ele contou que estuprou três das vítimas enquanto elas ainda agonizavam, após serem esfaqueadas por ele.