A jovem Luana Bruines Gonçalves da Silva, de 23 anos, encontrada enterrada em uma região de mata, em Sorriso, nessa segunda-feira (03/03), foi morta por asfixia após os criminosos colocarem uma bola de pano na garganta dela e a sufocar, segundo a Polícia Civil.
Conforme as investigações, o mandante do crime é um preso integrante de uma facção criminosa. A vítima teria sido atraída e enganada pela amiga adolescente.
O delegado responsável pelo caso, Bruno França, contou que Luana tinha antecedentes criminais e que ela e o namorado foram presos anteriormente por envolvimento com tráfico de drogas. No entanto, ela não tinha vínculo com facção criminosa.
“Ela foi morta por asfixia. Os envolvidos enfiaram uma bola de pano na boca dela e a amordaçaram para ela sufocar. Amarram ela primeiro e aí fizeram isso. Simplesmente mataram ela“, explicou.
O delegado disse ainda que a polícia investiga a participação de mais suspeitos no crime, incluindo o mandante, que está na Penitenciária Central do Estado (PCE), além da adolescente que atraiu a vítima para a emboscada e está foragida. Também há outras pessoas que estavam na casa no momento do crime, mas não foram identificadas.
Corpo de Luana Bruines Gonçalves da Silva, de 23 anos, foi encontrado enterrado numa cova em uma região de mata às margens da rodovia MT-560, que liga a BR-163 ao bairro São José, em Sorriso. O local foi identificado após a prisão de um dos suspeitos, que confessou ter recebido ordens para mudar o local da desova do corpo da jovem, que já havia sido deixado no local.
Com base nas informações do suspeito, a Polícia iniciou buscas na região e encontrou um lençol com manchas de sangue. Próximo dali, foi identificado um caminho na mata que levava até uma cova recém-cavada, com a terra ainda solta.
A Polícia Militar prendeu, na noite de domingo (02), três suspeitos de envolvimento no homicídio. Durante uma operação no bairro Santa Maria, os policiais localizaram um dos suspeitos que estava foragido, junto com outros dois indivíduos. Na residência, foram encontradas porções de maconha.
Durante a abordagem, um dos suspeitos afirmou ter participado apenas do sequestro de dois jovens no bairro Mário Raiter, ocorrido antes do desaparecimento de Luana, mas negou envolvimento direto em sua morte. No entanto, revelou ter recebido uma ligação informando que deveria ir até a região onde o corpo estaria enrolado em um lençol, e que sua missão era enterrá-lo. Com base nessa confissão, os policiais iniciaram as buscas.
As investigações apontam que Luana teria sido atraída para uma armadilha por uma adolescente de 16 anos, que segue foragida. Segundo as autoridades, a jovem foi chamada para buscar drogas para revenda na casa da menor, onde teria sido rendida. O local do crime foi abandonado e, segundo a polícia, completamente limpo com alvejante, reforçando a suspeita de que o homicídio ocorreu ali.
A polícia também investiga a ligação do crime com outro sequestro registrado no bairro Mário Raiter. Dois jovens foram sequestrados, mas liberados posteriormente. A investigação identificou o veículo usado no crime e dois dos quatro suspeitos envolvidos.
O delegado Bruno França informou que solicitou a internação da adolescente foragida e que as investigações continuam para identificar todos os responsáveis pelo crime. Segundo ele, um dos suspeitos presos demonstrou extrema frieza e se recusou a colaborar com as investigações, não demonstrando qualquer arrependimento.
A família de Luana procurou a delegacia para registrar seu desaparecimento no dia 27 de fevereiro, após ela não buscar o filho na creche como de costume. A mãe da vítima relatou que conversou com Luana pela última vez no mesmo dia, quando a jovem disse que iria até a casa de uma amiga.
Bruno informou que o crime foi motivado por uma disputa pelo comércio de drogas na região. As equipes da Polícia Civil e Polícia Militar receberam informações sobre um corpo em um lençol na região de mata. Ao chegarem no local, apenas o lençol foi encontrado.
Ainda conforme o delegado, o mandante do crime ordenou a retirada do corpo do local de desova para dificultar o trabalho da polícia. No entanto, os policiais perceberam uma parte do matagal amassada do outro lado da rodovia e, ao seguirem a trilha, encontraram a cova onde estava o corpo de Luana.