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Quarta-Feira, 21 de Junho de 2023 08:30

Sorriso: Marido, que matou a esposa a facadas dentro de casa enquanto filhos dormiam, vai ir a júri popular

A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade marcou para o dia 19 de junho a audiência de instrução que pode levar Cleonilson Reis Morais, de 40 anos, a julgamento popular pelo assassinado de Maria Elizangela Recoliano da Silva, de 39 anos. Ela foi morta com facadas no peito após ter pedido o término do relacionamento. O crime aconteceu na cidade de Sorriso.

A audiência irá ocorrer de forma híbrida às 14h30. No mesmo documento, a magistrada manteve a prisão preventiva do acusado.

Segundo a juíza, os indícios de autoria e materialidade demonstrados nos autos do processo foram suficientes para que a denúncia fosse recebida contra ele. Na mesma decisão foi designado para o dia 1º de junho, às 16h10, a audiência de instrução que pode levar Cleonilson a julgamento popular.

Segundo consta no termo de audiência, a filha mais velha do casal foi quem achou o corpo. O documento não detalha a idade da menina, mas traz detalhes da madrugada até o momento em que a mãe foi achada.

Conforme relato da filha, ela dorme no quarto com os dois irmãos menores. O cômodo dá acesso à sala e ela viu movimentação no local.

Conta que estava deitava quando ouviu um grito fino e foi ao quarto da mãe ver o que acontecia. Neste momento, o pai a impediu de entrar no quarto e disse que a mãe estava com muita dor de cabeça, por isso a levou para dormir com ele e estava medicada. A menor voltou a se deitar, mas permaneceu acordada e, pela fresta da porta, viu que o pai perambulava pela sala com a luz da lanterna do celular acesa. Contudo, ela não se levantou novamente e logo dormiu.

Por volta das 8 horas, a filha acordou e viu uma mensagem no celular. O número era desconhecido e ela ligou para saber quem era. Do outro lado da linha atendeu a mulher com quem a mãe havia se relacionado, mesmo estando ainda em processo de separação do acusado.

A mulher queria saber se estava tudo bem com Maria Elizangela, já que ela não havia aparecido para trabalhar. A menina foi até o quarto e viu a mãe na cama, como o pai disse que ela não se sentia bem, achou que estava descansando ainda e disse à interlocutora que a vítima estava dormindo.

A menina, então, seguiu com os afazeres domésticos e por volta das 11h começou a preparar o almoço para ir a escola. Tudo estava muito estranho naquela manhã. A mãe não havia se levantado nenhuma vez, mesmo com o barulho da filha, e o pai não havia aparecido para almoçar como de costume.

A testemunha foi até o quarto da mãe e viu deitada de barriga para cima. Percebeu que não havia movimento de respiração e a sacudiu, mas ela não acordou. A filha levantou a coberta e viu manchas de sangue da almofada e na cama. Uma faca estava na mão da mãe. Desesperada, ela pediu socorro à vizinha, que foi ao local e viu a mulher morta. Chamaram o Corpo de Bombeiros e a polícia. Logo os irmãos acordaram e viram a cena da mãe morta. A testemunha estava em choque enquanto o irmão chorava no quarto.

Logo os bombeiros chegaram a constaram o óbito, a polícia também deu início aos trabalhos no local. Consta no documento relato de que a faca achada com Maria Elizangela parecia ter sido colocada lá, não ela que a segurava.

Casamento pelos filhos
Maria Elizangela trabalhava em dois empregos. Um deles das 4h as 16h e o outro na parte da noite. Como o casamento estava ruim, ela ficava mais tempo no trabalho do que em casa. Passando no local somente para tomar banho, se alimentar e ficar um pouco com os filhos.

A testemunha disse que há tempo os pais não vivem de forma harmoniosa e a mãe insiste em se separar, mas o pai não quer. Maria Elizangela confidenciou à filha que permanecia casada somente por causa dos filhos. Conta que a mãe manteve relacionamento com outra mulher, mas romperam. Contudo, desconfiava que ambas tinham retomado o romance.

A relação extraconjugal foi revelada a Cleonilson por terceira pessoa, que encaminhou fotos a ele. Desde então, o homem mandava indiretas e tocava no assunto com a esposa.

Prisão
Logo após o crime, as equipes policiais iniciaram diligências para localizar o suspeito e foram informadas que ele fugiu em uma motocicleta vermelha, em direção à rodoviária de Sorriso, onde foi visto embarcando em um ônibus com destino ao estado de Goiás.

Unidades da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Militar da região foram comunicadas sobre as características do suspeito e, na MT-010, em Rosário Oeste, o ônibus onde ele estava foi abordado pela polícia.

Após uma troca de informações entre os policiais dos batalhões, os agentes de Rosário Oeste conseguiram abordar o ônibus na região. Questionado sobre o crime, o homem afirmou que iria para a residência de uma irmã “esfriar” a cabeça após ter discutido com a mulher.

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