“Somos um dos municípios com maior taxa de desenvolvimento do país e, para comportarmos a crescente frota de veículos, temos investido pesado em obras de revitalização da malha viária, sinalização e instalação de dispositivos de controle de velocidade e fluxo de veículos. Um exemplo recente é a destinação de R$ 4,5 milhões para implantação de 21 novos semáforos em pontos considerados estratégicos a fim de garantir uma maior fluidez no trânsito”, detalhou Moura durante o encontro.

Gerente do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito do Detran-MT (Renaest), Walber Destro, explicou que o perfil com maior probabilidade de ser uma vítima fatal no trânsito são os homens, com idade entre 18 e 29 anos, que conduzem motocicletas de baixa cilindrada nas áreas urbanas como instrumento de trabalho, a exemplo dos entregadores de delivery.

Ainda de acordo com os dados esmiuçados pelo especialista, os dias com maior número de registros de mortes no trânsito são sábado e domingo, a partir das 18h, e os meses de maior incidência desses acidentes são agosto e setembro.

Destro também afirmou que os registros dos pequenos incidentes sem vítimas e o mapeamento desses dados podem ajudar a evitar os sinistros com mortes: uma lanterna quebrada, um para-choque quebrado, um capô amassado.

“Somente com esses pequenos sinistros mapeados, é possível perceber uma incidência anormal no “mapa de calor”, então ir ao local verificar o que está acontecendo”, observa.

O Renaest identificou que os municípios com maior incidência de sinistros com mortes ou lesões são: Cuiabá, Sinop, Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso, Tangará da Serra, Nova Mutum, Cáceres, Santo Antônio do Leverger e Confresa. “Todas são cidades-polo, com exceção das duas últimas, que apresentam maior incidência por causa da rodovia”, esclarece.

 

Prevenção salva vidas

A implementação de políticas públicas para reduzir o número de acidentes no trânsito colocou Sorriso na vanguarda do segmento. Em 2012, o Município fundou a Guarda Municipal de Trânsito (GM), integrando o Serviço Municipal de Gerenciamento de Trânsito (SMGT), à época, vinculado à Secretaria de Governo (Semgov).

Cinco anos mais tarde, por meio da Lei Complementar nº 264, de agosto de 2017, era oficialmente criada a Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil. Dentre as atribuições da recém-criada pasta estavam a elaboração e implementação de campanhas educativas e orientativas, além da fiscalização do perímetro urbano e rural 24 horas por dia.

“É importante frisar que a função primordial da Guarda Civil Municipal é preservar a vida humana. Inicialmente desenvolvemos o trabalho de prevenção e de conscientização para só então, em caso de infringência à lei, serem aplicados institutos coercitivos como a emissão do auto de infração, bem como o recolhimento dos veículos sem condições de trafegabilidade. Ou seja, é um trabalho com início, meio e fim, cuja a finalidade é manter a segurança de condutores e pedestres”, contextualiza José Carlos Moura.