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Quarta-Feira, 13 de Dezembro de 2023 08:18

Sorriso: MP tem até sexta-feira (15/12) para denunciar autor de chacina que matou mãe e 3 filhas

O Ministério Público tem até a próxima sexta-feira (15.12) para apresentar denúncia contra o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos. O prazo para denunciar um réu preso é de cinco dias e, neste caso, começou a contar na segunda-feira (11.12), quando o MP recebeu o inquérito da Policia Civil.

 

 

Gilberto confessou os estupros e assassinatos de uma mãe e suas três filhas, em Sorriso. Ele foi indiciado por três estupros, entre eles estupro de vulnerável da vítima de 13 anos; e quatro homicídios qualificados.

 

 

Cleci Calvi Cardoso, 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 13 anos; e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos foram mortas. Apenas a filha caçula não foi abusada sexualmente pelo maníaco.

 

 

Indiciamento

 

 

Pela morte de Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, o assassino vai responder por estupro e por homicídio qualificado pela crueldade; recurso que impossibilitou a defesa da vítima; agiu para garantir a execução de outro crime; e com menosprezo pela condição de ser mulher.

 

 

No caso de Miliane Calvi Cardoso, 19 anos, foi indiciado por estupro e homicídio qualificado pela crueldade; recurso que impossibilitou a defesa da vítima; agiu para garantir a execução de outro crime; e com menosprezo pela condição de ser mulher.

 

 

Pela morte de Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, o bandido vai responder por estupro de vulnerável e por homicídio com 5 qualificadoras: crueldade; recurso que impossibilita a defesa da vítima; para garantir a execução de outro crime; menosprezo pela condição de ser mulher; e crime contra vítima menor de catorze anos.

 

 

Pelo assassinato de Melissa Gabriela Cardoso, de apenas 10 anos, foi indiciado por homicídio qualificado por asfixia; recurso que impossibilitou a defesa da vítima; para garantir a impunidade de outro crime; menosprezo pela condição de ser mulher; e crime contra vítima menor de catorze anos.

 

 

O crime

 

 

 

As vítimas foram mortas na sexta-feira (24), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.

 

 

Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular "curioso" sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento. 

Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.

Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.

Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.

Em confissão à polícia, ele deu detalhes do crime. Ele contou que estuprou três das vítimas enquanto elas ainda agonizavam, após serem esfaqueadas por ele.

 

 

 

 

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