O uso do implanon, contraceptivo hormonal com a substância etonogestrel ou simplesmente o chip anticoncepcional foi tema de capacitação ontem, 20 de junho. O encontro, realizado no PSF Benjamim Raiser, contou com a presença de enfermeiros e médicos de Sorriso, Nova Ubiratã, Feliz Natal e Ipiranga do Norte e do Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Teles Pires.
Conforme a enfermeira da Atenção Primária do Município, Melissa Siqueira do Carmo Vilela, os profissionais estiveram reunidos para discutir as vantagens do implante anticoncepcional e a forma de aplicação. A profissional explica que a aplicação consiste em um processo simples: o implante, um pequeno bastão de plástico com 4 cm de comprimento de 2 mm de diâmetro, é inserido logo abaixo da pele do braço. Contudo, esse procedimento requer anestesia local e somente pode ser feito por um profissional capacitado.
Na capacitação de ontem, 16 mulheres sorrisenses receberam o implante; quatro mulheres de Feliz Natal também aplicaram o dispositivo. As sorrisenses que implantaram o contraceptivo foram chamadas pela Central de Regulação do Município a partir da ordem de espera para aplicação do dispositivo intrauterino (DIU).
A enfermeira ressalta que em Sorriso a aplicação do método seguirá alguns critérios. Inicialmente o implante será disponibilizado para grupos específicos de mulheres que já são acompanhadas em tratamento de outras enfermidades ou que integrem grupos de alta vulnerabilidade social.
A partir da capacitação o Município irá estudar o processo de implantação e definir os critérios para o implante do dispositivo no público-alvo”, pontua a profissional.
“Todo o material será adquirido com recursos próprios municipais e ofertado como uma política pública em teste para controle de natalidade”, reforça o gestor da pasta de Saúde e Saneamento, Luis Fábio Marchioro.
E a porta de entrada para esse e de mais procedimentos, vale lembrar, é o Programa de Saúde da Família (PSF), já que é a partir do atendimento no PSF que a paciente é encaminhada para consultas com especialistas, avaliações e realização de exames.
Mais sobre o dispositivo
Melissa detalha que o etonogestrel é um hormônio que se assemelha à progesterona (hormônio feminino que atua no sistema reprodutor). É um método contraceptivo de longa duração e que pode permanecer no corpo da mulher por um período de até três anos. “É um método de longa duração, de até três anos e é reversível, caso no futuro a mulher desejar ter filhos ela pode retirar o contraceptivo”, diz.
Outros contraceptivos disponíveis na rede
Hoje o Município oferta outros métodos contraceptivos como os preservativos masculino e feminino, “que inclusive ficam à disposição nas recepções de todas as unidades de saúde do Município por livre demanda”, destaca a enfermeira. Pela rede pública também há a oferta do DIU de cobre; e de contraceptivos hormonais orais e também em soluções injetáveis. Há ainda os métodos permanentes como as cirurgias de laqueadura para mulheres e a vasectomia para homens.