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Sexta-Feira, 25 de Agosto de 2023 09:04

Sorriso: Promotor de Justiça afastado por "sumir" com denúncias, diz estar sendo alvo de perseguição feita por substituto

O advogado Hélio Nishiyama, que defende o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, afirmou na última terça-feira (22), que o seu cliente foi alvo de uma verdadeira "devassa" feita pelo seu sucessor na promotoria de Sorriso. 

 

 

Pipino foi afastado por 22 dias por decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) após denúncia de que ele teria se omitido com relação a denúncias feitas em 2015 pelo então vereador Ricardo Ona contra a prefeitura de Nova Maringá.

 

 

O advogado lembrou que Pipino tinha uma atuação exemplar, destacada pela criação do programa Bom de Escola, Bom de Bola que foi indicado ao prêmio Innovare.

 

 

Devassa de colega

 

 

Ainda de acordo com o advogado, o trabalho de Pipino representou um aumento de 20% nos despachos da promotoria. A denúncia, segundo a defesa, seria resultado de investigações infrutíferas do sucessor do promotor.

 

 

"Mas ele teve uma infelicidade, foi sucedido por um colega que realizou uma verdadeira devassa nos seus trabalhos, um colega que promoveu três tentativas contra ele, uma primeira na Corregedoria, que foi arquivada, uma segunda junto ao procurador-geral de Justiça que foi arquivada e cá estamos na terceira tentativa", afirmou o advogado.

 

 

Nishiyama afirmou que houve "desorganização" na promotoria, mas não houve má-fé de nenhum tipo com relação as denúncias feitas contra a prefeitura de Nova Maringá. Segundo o advogado, a denúncia é uma criação fictícia.

 

 

"Não se sabe sequer qual o conteúdo dessa denúncia, fala-se genericamente que é uma denúncia contra a prefeitura, mas qual o contrato? Qual a licitação? Nem o denunciante sabe explicar, a caixa de documentos está lá com um monte de documentos bagunçados e desorganizados que não levam a lugar nenhum", completou o advogado.

 

 

Decisão do CNMP

 

 

Segundo o conselheiro Paulo Cezar dos Passos, apesar de Pipino ter uma trabalho "extremamente elogiado" as provas apresentadas no processo, como prints de conversas telefônicas, demonstram que houve lentidão em cerca de 48 processos ambientais, alguns com mais de 3 anos parados.

 

 

"Somente se promoveu o andamento desses processos nas vésperas da remoção dele", afirmou o conselheiro.

 

 

Paulo Passos também criticou a forma como o promotor conduzia o programa comunitário. O conselheiro criticou pedidos de doação em dinheiro que eram feitos pela promotoria de Sorriso aos comerciantes locais.

 

 

Foram impostas três penalidades de suspensão que contabilizam 22 dias, com o acréscimo da conversão da suspensão contra o promotor em multa.

 

 

 

 

Fonte: MidiaJur

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