A equipe do JK NOTÍCIAS teve acesso nessa sexta-feira (01.12) ao primeiro laudo da menina Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos, morta juntamente com a mãe, Cleci Calvi Cardoso, 46 anos e suas irmãs Miliani Calvi Cardoso, 19 anos e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, em um crime bárbaro que marcou a história de Sorriso.
O laudo de Manuela deu positivo para o DNA do estuprador em suas partes íntimas. Segundo informações, o delegado Bruno França solicitou que a perícia realizasse exames anal, pois existiam sinais visíveis de laceração.
Duramente o primeiro depoimento à polícia Gilberto confessou que logo após esfaquear Cleci Calvi Cardoso, 46, Miliane Calvi Cardoso, 19, e Manuela Calvi Cardoso, 13, as estuprou.
Reincidente por estupro, ele detalhou que após deixar as vítimas nuas, acariciou as partes íntimas de cada uma e logo depois introduziu o dedo na vagina de todas, enquanto elas se contorciam. Questionado sobre houve penetração, ele negou conjunção carnal. Cleci e Miliane foram mortas e estupradas na cozinha, já Manuela dentro do quarto em cima de sua cama onde foi esfaqueada. A caçula foi asfixiada na cama.
Gilberto foi preso logo após a chacina ser descoberta. No momento da prisão o estuprador estava trabalhando em uma obra ao lado da casa que era cena dos crimes. O criminoso estava foragido por latrocínio cometido em Goiás e por estupro em Lucas do Rio Verde em Mato Grosso. Os 4 assassinatos ocorreram na madrugada do dia 25 deste mês e os corpos achados na segunda-feira (27).
O crime
As vítimas foram mortas na sexta-feira (24), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.
Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular "curioso" sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento.
Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio.Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana.Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.
Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.
Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.