O Município tem hoje 10.191 famílias inclusas no CadÚnico
Ao contrário do que se imagina, a Capital Nacional do Agronegócio, que se destaca pela sua extensa produção e concentração de grande parte da renda do País, tem também uma parcela expressiva da população que depende dos programas sociais do Governo Federal e dos serviços ofertados pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
Com base no perfil socioeconômico das 10.191 famílias sorrisenses inclusas no Cadastro Único (CadÚnico), é possível verificar que o município tem, atualmente, um total de 27.719 pessoas cadastradas, que se for comparar com a estimativa populacional do IBGE, equivale a 29,19% da população.
Esses dados foram apresentados nesta manhã (11) ao prefeito Ari Lafin, pela primeira-dama e secretária de Assistência Social, Jucélia Ferro e pelo coordenador do CadUnico/PAB, Gabriel Saboia de Almeida.
De acordo com o levantamento,o Município conta com 1.310 famílias em situação de extrema pobreza, o que representa em torno de 3 mil pessoas com renda per capita (por pessoa) de até R$ 105,00. Que se caracterizam em situação de pobreza, com renda per capita que varia de R$ 105,00 e R$ 210,00 mensais, são 1.460 famílias, equivalente a aproximadamente 5 mil pessoas. As famílias consideradas de baixa renda somam 3.811, com renda per capita entre R$ 201,00 e R$ 606,00, em uma média de 11 mil pessoas. Famílias com renda superior a meio salário mínimo per capita somam 3.610, que corresponde a aproximadamente 7 mil pessoas.
Em 2022, o Governo Federal estabeleceu 3 programas de benefício social voltados para a população de baixa renda.O Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) é pago às famílias que possuem renda mensal per capita entre R$105 e R$210, que abrange as pessoas em situação de extrema pobreza e de pobreza. O vale-gás e a tarifa social de energia são direcionados para as famílias com renda de até meio salário mínimo, R$606.
Dentre os outros benefícios do cadastro único ofertados estão: a Carteira do Idoso, para pessoas com 60 anos ou mais e renda individual de até 2 salários (R$ 2.424,00); o Benefício de Prestação Continuada (BPC), para idoso (65 anos), deficiente (qualquer idade) e doenças graves; e o vale gás, ofertado para famílias inscritas no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo, inclusive as famílias beneficiárias de programas de transferência de renda implementados, e as famílias que tenham entre seus membros residentes no mesmo domicílio quem receba o BPC.
De acordo com a secretária Jucélia, a Assistência Social promove diversas ações no sentido de minimizar essas desigualdades. Dentre elas, a gestora destaca os benefícios da Cesta Básica e do Vale Gás, oferta de cursos profissionalizantes e as doações realizadas através do Armazém Social. “Precisamos levar a realidade ao conhecimento de todos, porque temos sim pessoas carentes em Sorriso, muitos, inclusive, em situação de extrema pobreza. Esse diagnóstico é discutido permanentemente pela Assistência Social e nosso grande desafio é como inserir essa parcela da população na sociedade, dando condições para que se mantenham”, destaca.
“De posse desse diagnóstico, é possível ver que temos hoje, de uma população estimada em 120 mil habitantes, uma média de 30 mil pessoas que dependem diretamente da Assistência Social. Chega a ser um contrassenso, um município que chama a atenção pela sua riqueza, ter um enfrentamento social tão expressivo. Para que consigamos inserir essas famílias em situação de vulnerabilidade social estamos intensificando a oferta de cursos de capacitação, para que se profissionalizem e consigam melhorar a renda familiar; além, claro, da industrialização do município que está bastante acelerada, com geração de emprego e renda”, frisa Ari.
O prefeito frisou que, por meio do Auxílio Brasil, o município de Sorriso assegura, por ano, em torno de R$ 14 milhões circulando na cidade, aquecendo o comércio e impulsionando a economia local.