E é justamente devido ao crescente desses números que a Vigilância em Saúde tem estado em alerta. A coordenadora do setor, Taynná Vacaro, pontua que além da dengue, há a preocupação com a Zika e Chikungunya. Até o momento, nenhum caso das enfermidades foi registrado. Já em 2021, foram 12 casos de Zika e 1 de Chikungunya. “Por isso mesmo precisamos que todos estejam em alerta, queremos muito manter zeradas essas situações (Zika e Chikungunya) em 2022”, frisa Taynná.
A coordenadora explica que a dengue com sinais de alarme ocorre quando há sintomas como dor abdominal intensa, vômito constante e necessidade de internação. Já na dengue grave ocorre reação mais drástica do organismo ao vírus, com sintomas como alteração dos batimentos cardíacos, vômitos persistentes e sangramentos, que podem ser nos olhos, gengiva, ouvidos e/ou nariz.
Hoje os bairros com maiores confirmações são o Rota do Sol com 187 casos; a Área Central com 130 e o Distrito de Boa Esperança com 118. “Estamos atentos o ano todo. Nosso foco não está somente nos meses chuvosos; precisamos que a população também compactue com isso e nos auxilie tanto na época de chuvas quanto no período de estiagem para diminuirmos essas confirmações”, pede a profissional.
Toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos, alerta a enfermeira. E, entre os principais pontos com larvas, estão as plantas.
“Registramos muitas larvas em vasos de flores”, reforça Taynná. O leva a equipe a solicitar que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra.
Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.
Hoje, 44 agentes de combate a endemias atuam no Departamento de Vigilância, 35 deles diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.
Treinamento com inseticida
E ainda nesta quinta-feira (30), a equipe da Vigilância Ambiental irá participar de um treinamento com a equipe do Escritório Regional de Saúde justamente sobre as ações de bloqueio químico de casos e aplicação de inseticida. “Esse é um treinamento de rotina e muito importante porque sempre há atualizações em como aplicar e do que pode ser aplicado”, diz. “Inclusive, a equipe do Escritório está aqui a semana toda para acompanhamento e treinamento”, explica.
Taynná aproveita para detalhar que a Secretaria tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do Município. Porém, há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS.
“O veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”, diz Taynná. Quando há confirmação ou suspeitas de casos de dengue, o inseticida é imediatamente aplicado em todo o quarteirão do local de suspeita ou confirmação.
Além da aplicação de inseticida, o Município instituiu o calendário permanente de coleta de resíduos sólidos para descartes e tem realizado mutirões de limpeza para evitar a proliferação tanto do mosquito como de outros animais peçonhentos.
Serviço:
O que: treinamento com bloqueio químico de casos (Uso de inseticida)
Quando: quinta-feira, 30 de junho
Horário: 17h30
Local: Em frente ao PSF Nova Aliança