Um caso que aconteceu em Santa Rita do Trivelato vem chamando atenção, onde uma mãe desde janeiro buscava ajuda sobre o comportamento do filho, e acabou perdendo a guarda das crianças após pedir ajuda do Conselho Tutelar.
Segundo as informações, a mulher procurou a Polícia Militar de Santa Rita do Trivelato para relatar os eventos que levaram o Conselho Tutelar a afastarem seus filhos dela. Segundo o relato, ela buscou ajuda após notar comportamentos atípicos de seu filho de oito anos.
Segundo relato da mãe, em janeiro deste ano, seu filho de oito anos começou a apresentar comportamentos incomuns. Durante brincadeiras com colegas, pediu uma amiguinha em namoro, o que deixou a menina constrangida. A menina reclamou para sua mãe, que conversou com a mãe do menino, e depois mãe do menino tentou conversar com o filho para entender a origem do comportamento, e o que teria acontecido. O menino então se desculpou dizendo que era uma brincadeira e que não iria acontecer novamente.
No mês seguinte, a mãe recebeu outra reclamação envolvendo seu filho. Enquanto brincava próximo a um parquinho, ele passou a mão nas pernas de outra colega. Dessa vez, o pai da menina confrontou a mãe do menino de maneira agressiva, afirmando que, se ela não batesse no filho, ele mesmo o faria e, inclusive, o mataria. Assustada, a mulher levou o filho para casa, e tentou conversar novamente.
Preocupada com os acontecimentos, a mulher procurou o Conselho Tutelar em busca de orientação. Os conselheiros decidiram realizar uma visita à residência para avaliar a situação e verificaram que a criança respondia às perguntas sem demonstrar emoções. Diante disso, informaram que encaminhariam o caso ao Ministério Público para solicitar atendimento psicológico e psiquiátrico para o menino.
No dia 19 de março, por volta das 20h30, a mãe flagrou o filho de oito anos em um comportamento inadequado com o irmão de quatro anos. Enquanto brincavam em um colchão na sala, o mais novo estava agachado, e o mais velho dava tapas em sua bunda, fazendo gestos obscenos. Ao perceber a presença da mãe, a criança se assustou.
A mãe tentou conversar novamente, e perguntou onde ele tinha aprendido aquilo, e se ele havia sofrido alguma coisa, a criança disse que não tinha acontecido nada com ele, mas brava a mãe pegou um chinelo e deu duas chineladas no filho mais velho e uma no mais novo, antes de colocar os dois na cama para dormir.
No dia seguinte, levou as crianças para a escola e retornou ao Conselho Tutelar para relatar o ocorrido. Durante a conversa, mostrou fotos mostrando as chineladas que deu nos filhos na hora da raiva. As conselheiras alertaram que ela não deveria ter agido dessa forma, e que o mais adequado seria apenas conversar com os filhos. Informaram que fariam outra visita domiciliar e reforçaram que as crianças seriam encaminhadas para atendimento psicológico e psiquiátrico.
No mesmo dia, por volta das 11h, os conselheiros voltaram à residência da mulher acompanhados do filho mais velho. Explicaram que a professora da criança percebeu hematomas em seu corpo e denunciou o caso ao Conselho Tutelar. Com isso, os profissionais recolheram os documentos das crianças para encaminhá-las ao exame de corpo de delito na delegacia de Nova Mutum.
Após essa visita, a mãe não recebeu mais notícias do Conselho Tutelar e foi informada pela Assistência Social que, para rever os filhos, deveria acionar a Defensoria Pública e solicitar judicialmente esse direito.