O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá decidir nesta terça-feira (03) pela cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos). A parlamentar e ex-juíza é acusada de omitir gastos de R$ 1,3 milhão em sua campanha eleitoral de 2018.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) já votou a favor, por unanimidade, pela cassação do mandato de Selma em abril deste ano. O relator do recurso ordinário interposto pela defesa de Selma contra a decisão do TRE é o ministro Og Fernandes.
Além de Selma também foram intimados o ex-governador Carlos Fávaro (PSD), o ex-candidato ao Senado Sebastião Carvalho (Rede), e os suplentes de Selma, Gilberto Eglair Possamai e Clerie Fabiana Mendes.
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontaram que a senadora e seu 1º suplente fizeram despesas tipicamente eleitorais de, no mínimo, R$ 1,2 milhão. A defesa da ex-juíza alegou que esse valor era fruto de um empréstimo que ela teria feito de Possamai, no entanto, pela legislação eleitoral esse tipo de empréstimo só pode ser feito com instituições bancárias.
No entanto, o TRE-MT decidiu para que fosse realizado um novo pleito para preencher a vaga da senadora.
Em setembro, Selma se desligou do Partido Social Liberal (PSL) por diversas políticas e se filiou ao Podemos. Na época, ao deixar o partido do presidente Jair Bolsonaro – que eventualmente também saiu da sigla e formou a sua própria - a parlamentar reafirmou o compromisso com o na base de sustentação do governo.