Imagens das câmeras de segurança da concessionária Rota Oeste, que administra alguns trechos da BR-163, mostram o momento em que a base foi depredada na noite desse sábado (19), em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá. No local, um grupo jogou gasolina dentro do prédio, ateou fogo em uma ambulância e quebrou o rádio e um guincho da unidade. Outro veículo também foi alvejado por tiros.
Nas imagens é possível ver o grupo de ao menos 10 homens chegando em uma caminhonete com armas de fogo e rendendo os trabalhadores da concessionária. Logo depois, eles ateiam fogo em um guincho e em uma ambulância que estavam estacionados no local. A polícia ainda investiga a motivação do ataque.
Grupo ataca base de operações de concessionária — Foto: Câmeras de segurança/Cedida
Um vídeo de uma câmera interna da base mostra os funcionários correndo para se esconder, enquanto o grupo entra na unidade com espingardas e pistolas.
Um funcionário da base contou como foi o momento da invasão.
"Quebraram tudo. Eu estava escovando os dentes. Meu colega estava jantando e o outro estava deitado descansando. [Jogaram] gasolina aqui em tudo. Está quase explodindo. Vai explodir. Bora (sic) vazar", contou.
Imagens mostram grupo atirando em rádio dentro da base da concessionária — Foto: Câmeras de segurança/Cedida
De acordo com testemunhas, os suspeitos teriam fugido sentido ao município de Nova Mutum, a 269 km da capital.
Segundo a concessionária, ninguém ficou ferido e os funcionários foram realocados para outra unidade. Os trabalhos na base foram suspensos temporariamente até a conclusão da investigação no local.
A Polícia Civil esteve no local e requisitou perícia na base. Os suspeitos estão sendo procurados.
Os suspeitos ainda não foram identificados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Trechos de rodovias federais e estaduais de Mato Grosso voltaram a ser interditados. Até o momento da publicação desta reportagem, 10 bloqueios foram registrados, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
O g1 não conseguiu contato com nenhum dos participantes dos bloqueios sobre a motivação das novas interdições. Em outubro, as primeiras manifestações começaram para questionar o resultado das eleições.