O presidente da Câmara, Damiani da TV (PSDB), protocolou nesta sexta-feira (19), na Prefeitura de Sorriso, um ofício assinado por todos os vereadores da Casa de Leis solicitando que o Poder Executivo adote medidas judiciais em face do Decreto nº 861, que estabelece restrições no Estado em decorrência da pandemia da Covid-19.
“Ontem (18) estivemos na Assembleia Legislativa e nos reunimos com alguns deputados. Pedimos a eles que nos autorizassem a estender o horário de funcionamento do comércio para as 22h. Explicamos os motivos e mostramos os números locais, que são muitos diferentes dos da Capital, são realidades distintas. A princípio, o Governo não se sensibilizou e, por isso, a Casa de Leis decidiu fazer um pedido para que o prefeito busque meios de entrar com uma ação judicial para que os nossos empresários possam trabalhar”, explicou Damiani.
Em entrevista coletiva, o vereador ainda citou a estrutura local montada para tratar os pacientes da Covid-19. “Nossos empresários estão pagando um preço muito caro, mesmo sabendo que nossa região está fazendo o trabalho preventivo efetivo. Temos um Hospital de Campanha que funciona 24h, temos leitos semi-intensivos exclusivos para Covid e teremos as primeiras UTIs municipais. Nós nos preparamos, nos organizamos e não podemos parar”, frisa.
Para os vereadores de Sorriso, o comércio local está preparado para trabalhar cumprindo todas as exigências sanitárias que o Ministério da Saúde preconiza. “Sabemos que o vírus é agressivo, somos sensíveis aos doentes, mas sabemos que nossos empresários se prepararam para isso, se adaptaram e não podem simplesmente fechar as portas. Queremos a flexibilização desse decreto e uma fiscalização intensiva para que, aqueles que estiverem corretos, possam se manter em funcionamento”, afirma o Damiani.
O posicionamento dos edis é compartilhado pelo prefeito Ari Lafin. “Queremos a flexibilização do horário noturno, pois muitos empresários estão sendo afetados. Precisamos entender que o enfrentamento da pandemia com as portas fechadas nos trará um problema muito mais sério ainda, que é a fome e o desemprego. Não queremos ver o desespero de um cidadão sem conseguir manter o mínimo necessário para sua família. Se for necessário, entramos com medidas judiciais”, frisa Lafin.
Assessoria