Vitória Maria Costa, de 17 anos, moradora do bairro Rota do Sol em Sorriso e uma das vítimas fatais de um agrave acidente que aconteceu na manhã desta segunda-feira (02/10) depois de um caminhonete onde estavam capotar.
A outra vítima é Paloma Gabriela Pereira dos Santos, de 23 anos.
O acidente ocorreu na Estrada Augusta próximo ao município de Santa Carmem, o motorista foi encaminhado com ferimentos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
De acordo com a Polícia Civil, um grupo de sete pessoas passou a noite ingerindo bebida alcoólica em um estabelecimento na região, onde ficaram até a manhã de segunda-feira.
Pela manhã, o grupo decidiu ir a um riacho próximo, enquanto o dono da caminhonete ficou dormindo. Na companhia de uma outra mulher, uma adolescente e três homens, Paloma pegou o veículo e seguiu em direção ao local.
Na direção do veículo, Paloma começou a trafegar em zig zag, momento em que perdeu o controle da caminhonete, bateu em uma valeta de escoamento e capotou.
Quatro pessoas que estavam no interior do veículo conseguiram sair e pedir ajuda a terceiros. Eles foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Carmem.
Paloma e Vitória Maria foram lançadas para fora da caminhonete e morreram na hora. Os corpos foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).
Nenhum dos ocupantes usava de cinto de segurança no momento do acidente.
A mãe de Vitória está no estado do Pará.
Na redes sociais amigos lamentaram a morte de Vitória.
Em janeiro Vitória entrou em contato com o JKNOTICIAS para desmentir uma denuncia que foi feita contra o seu antigo patrão, que foi acusado de exploração sexual.
A adolescente envolvida em um suposto caso de ameaça, violência psicológica e exploração sexual, onde um empresário de 55 anos foi preso, entrou em contato com o JKNOTICIAS, por meio do instagram, para relatar que tudo o que aconteceu entre ela e o empresário tinha o seu consentimento e de seus pais.
À época Vitória ressaltou que a notícia era falsa e que ela não era obrigada a ficar com empresário.
“Deixei bem claro no depoimento q ficava com ele por que queria e com o conceito do meu pai e da minha mãe, Deixei bem claro no depoimento q ficava com ele por q queria nada acerca com o que saiu nas notícias. Quero q a verdadeira justiça seja feita pq tão defamando ele muito. Ele não merece isso todas nós q trabalhamos lá gostamos muito dele”, escreveu a adolescente por mensagem de instagram.
O CASO
A equipe da Delegacia da Polícia Civil em Sorriso prendeu em flagrante, na tarde de terça-feira (10.01), um empresário de 55 anos pelos crimes de ameaça, violência psicológica e exploração sexual de adolescente.
O Núcleo de Atendimento à Mulher, Criança e Idoso recebeu denúncias de ex-empregadas do suspeito, que relataram episódios de assédio, constrangimento e importunação sexual no ambiente de trabalho. O empresário tem uma loja de variedades e um hotel na cidade de Sorriso.
Uma vítima, de 17 anos, narrou que o suspeito trancou a porta do local onde ela trabalhava, depois que a adolescente, acidentalmente, quebrou um objeto. O empresário a assediou e a beijou, ao que ela esquivou, e depois disse que a vítima poderia pagar de outra maneira o prejuízo causado.
Outra vítima relatou que o empregador ordenou que ela se trocasse e usasse uma roupa mais justa, e tentou forçar entrada no banheiro em que ela estava, além de ter lhe apertado o braço na intenção de intimidá-la, quando ela disse que o denunciaria. Em outro relato, uma vítima declarou que o suspeito a ordenou que ficasse nua, quando ele desconfiou de que estaria sendo furtado.
Uma das vítimas começou a ser ameaçada pelo suspeito, que mandou mensagens dizendo que colocaria alguém para pegá-la porque ela estava tentando roubá-lo. Diante das ameaças, a equipe de policiais civis realizou diligências e localizou o empresário na tarde desta terça-feira, no local de trabalho, e o conduziu em flagrante à delegacia.
Na empresa, os investigadores encontraram uma adolescente, de 16 anos, que, de acordo com o relato das outras vítimas, estava sendo explorada sexualmente pelo agressor, que lhe fornecia moradia em troca de sexo, além de lhe dar drogas. A vítima confirmou as informações.
A delegada Jéssica Assis destaca que o caso investigado evidencia a cultura do estupro no ambiente de trabalho e a naturalização da violência. “Toda essa situação criminosa foi tratada pelo suspeito como uma prerrogativa decorrente da relação patronal, e pelas vítimas, como um percalço inevitável da dinâmica empregador e empregado, que deve simplesmente ser aturado. São jovens o iniciando sua jornada profissional, já tão prematuramente repleta de máculas de exploração, violência, humilhação e truculência”, pontuou a delegada responsável pelo Núcleo da Mulher.